Espargos, 23 Jan (Inforpress) – As empregadas domésticas, no Sal, consideram-se, nos dias de hoje, mais valorizadas pelos patrões, porém queixam-se da situação de vulnerabilidade em que se encontram, augurando um dia a publicação de leis que ampliam os seus direitos.
Contando com poucas alternativas no mercado de trabalho, já que carecem de qualificações formais, as empregadas domésticas constituem um dos grupos mais vulneráveis de trabalhadores em todo o mundo, e Cabo Verde não foge a regra.
Abordadas, a propósito, a maioria das moças e mulheres nesta categoria com quem Inforpress conversou dizem exercer esta profissão com “dignidade”, já que não têm habilitações para fazer outra coisa, porém “um trabalho digno” como qualquer outro.
“Cada um faz o que sabe e de acordo com a escola que tem. Nunca tive cabeça para os estudos, portanto não poderia ser doutora. Sou empregada doméstica há dez anos numa casa de família. Limpo, arrumo, faço o comer, com alegria, porque é o meu trabalho e o que sei fazer. E, sinto-me respeitada e valorizada”, exteriorizou Adelaide, que diz ter “sorte” por ter uma “boa patroa”.