Santa Maria, Sal, 13 Jun (Inforpress) – O proprietário da empresa Faísca, César Fortes, que montou o parque para os Jogos Africanos de Praia, mede o tamanho do desafio com uma frase: “apenas a areia da praia não foi colocada pela minha empresa”.
É que, segundo César Fortes, para além, ainda, do projecto de arquitectura, da arquitecta Cleissi Neves, da COJAP, a sua empresa montou três arenas e respectivas áreas vip, áreas de apoio para atletas, secretariado, bares, casas de banho, bancadas, ecrãs led à volta das arenas, sistema de som e luz, electricidade, água e contentores de apoio.
“Uma estrutura muito, muito grande que orgulha qualquer empresa africana ao pôr de pé uma estrutura destas para este grande evento”, lançou, satisfeito, à Inforpress.
Mas, o conto volta atrás, justamente ano e seis meses, quando ao nosso entrevistado foi apresentado o projecto da 1ª edição dos Jogos Africanos de Praia – Sal 2019 para que pudesse concorrer.
“Logo ali me perguntaram se a dimensão do projecto não me assustava e respondi de pronto que não, depois de tantos anos no ramo”, lembrou Freitas, muitos desses anos, ajuntou, a montar espectáculos de Cesária Évora.
Ainda mais, indicou, um projecto a ser implementado numa praia como a de Santa Maria que disse conhecer “muito bem”, através de montagens de diversas edições do festival local de música.
“Concorremos, ganhamos, e já estamos com mês e meio de montagem num trabalho que, teoricamente, era para ser feito em dois meses e meio, mas tenho tudo pronto há já alguns dias para o arranque dos jogos”, declarou.
Só para se ter uma ideia da dimensão e exigências desta montagem para os Jogos Africanos de Praia, segundo a mesma fonte, para grandes festivais de música de Cabo Verde geralmente utiliza cerca de 10 contentores de 40 pés de equipamentos, mas para estes jogos já ultrapassou os 40 contentores de 40 pés de materiais, num trabalho que envolve um “núcleo duro” de cerca de 20 operários ligados à sua empresa.
Sobre os jogos, César Freitas disse que vão trazer “tudo de bom” para Cabo Verde e vão colocar o país numa “rota internacional” do desporto, ao mesmo tempo que “fica provado” que o país tem “capacidade e competência” para organizar grandes eventos desportivos e culturais.
“A África inteira está com os olhos neste país tão pequeno, mas com capacidade para organizar e bem uma actividade desta grandeza e as pessoas do Sal de certeza vão aderir porque é algo feito a bem de Cabo Verde”, concluiu César Freitas.