Porto Novo, 24 Nov (Inforpress) – A estratégia nacional de descentralização, apresentada pelo Ministério da Coesão Territorial, quarta-feira, 23, no Porto Novo, traz “várias medidas de políticas de coesão territorial” que o Governo pretende implementar no País “para combater as assimetrias regionais”
A garantia foi dada pelo diretor-geral da Descentralização, José Ricardo Livramento, na apresentação da estratégia nacional de descentralização, instrumento com que o Governo espera resolver o problema das assimetrias regionais em Cabo Verde.
Neste momento, São Vicente, Sal e Santiago apresentam-se como “os três grandes pólos de desenvolvimento” no arquipélago, enquanto que “as outras ilhas estão num patamar muito abaixo” de desenvolvimento, deu a entender este responsável.
O presidente da Associação dos Municípios de Santo Antão, Aníbal Fonseca, regozijou-se com a iniciativa do executivo, já que, a seu ver, vai ter “reflexo directo no poder local”, considerando que os chamados municípios periféricos, “há muito tempo que estão a sofrer com as assimetrias regionais”.
Os municípios de Santo Antão têm estado a perder a sua população jovem, sem que até agora tenha havido “medidas assertivas” dos sucessivos governos para travar essa fuga dos jovens para as outras ilhas, alertou este autarca.
O também presidente da câmara do Porto Novo avançou que é “preciso acelerar o processo de descentralização” em Cabo Verde “para o bem do País” e manifestou a disponibilidade do seu município ser “um dos concelhos” a receber “a experiência piloto” no que se refere à implementação da estratégia de descentralização.
O encontro contou com a presença da representante do Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (PNUD) em Cabo Verde, Elisabete Mendes, que está a recolher subsídios com vista a uma melhor implementação da estratégia nacional de descentralização em Cabo Verde.