Ribeira Grande – A Associação Comunitária Nova Experiência Marítima de Cruzinha, que tem estado a actuar na defesa e perseveração das tartarugas marinhas no concelho da Ribeira Grande, Santo Antão, já identificou 42 ninhos naquela comunidade.
“Neste momento, temos 42 ninhos identificados nas praias da Cruzinha, mas quanto às praias mais distantes ainda não conseguimos chegar lá, porque fica muito custosa a deslocação”, disse à Inforpress o presidente da Associação Comunitária Nova Experiência Marítima de Cruzinha, Amândio Reis, que apontou algum constrangimento devido a “falta de verbas” para fazerem o trabalho a “100 por cento (%)”.
“A campanha de protecção das tartarugas marinhas na zona de Cruzinha está a decorrer neste momento com um pouco de dificuldade, porque não temos financiamento”, disse Amândio Reis, adiantando que quem está a apoiá-los é a Câmara Municipal da Ribeira Grande, mas continuam à espera de alguma decisão da Direcção Nacional do Ambiente “se vão ou não apoiar-nos”, frisou.
Amândio Reis relembrou que em 2018 assinaram um protocolo para a conservação de tartaruga durante um período de seis anos e “até ao momento não disseram nada”. O responsável comunitário acrescentou ainda que neste momento há oito monitores no terreno que fazem a limpeza e fiscalização das praias, bem como identificar contagem de rastos, construção de berçários e transladação de ninho em zonas de risco.