Porto Novo, 03 Set (Inforpress) – Os municípios de Santo Antão pedem uma solução sustentável para o embargo imposto, há quase 40 anos, aos produtos agrícolas de Santo Antão, devido à praga dos mil pés, que tem feito “tanto mal à economia” da ilha.
Em nome dos municípios, o edil do Porto Novo e presidente da Associação dos Municípios de Santo Antão, Aníbal Fonseca, considerou que o embargo que tem afectado a agricultura desta ilha, “é prova evidente de que este não é o caminho” para se resolver o problema de pragas, nesta região.
“Proibir por proibir qualquer um pode fazer. Todos os que têm poder podem, mas o problema não é, pura e simplesmente, o embargo aos produtos agrícolas de Santo Antão, que tanto mal faz à economia desta ilha e à agricultura em particular”, diz este autarca.
Aníbal Fonseca entende que o Governo “tem de encontrar soluções sustentáveis para o problema da agricultura em Santo Antão”, defendendo, por outro lado, a necessidade de se passar da agricultura de subsistência à industrial.
O deputado municipal da União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID) na Assembleia Municipal do Porto Novo, José Graça, aproveitou a sessão solene comemorativa do dia do município para alertar para “os males” que este este embargo tem criado à agricultura santantonense.
Os agricultores têm estado, também, a pedir o levantamento do embargo que, a seu ver, tem levado ao “declínio” a actividade agrícola em Santo Antão.