Mindelo, 11 Set (Inforpress) – O Centro Nacional de Arte, Artesanato e Design (CNAD), Instituto tutelado pelo Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas, informou hoje que iniciou a fase de implementação do processo de “Reconhecimento Profissional do Artesão”, agora regulamentado.
De acordo com uma nota do Ministério da Cultura enviada à Inforpress, esta fase decorrerá ao longo do ano 2020 em todos os municípios do País e consiste na divulgação, recolha de candidaturas e atribuição das cartas profissionais de artesão e de Unidades de Produção artesanal, e do respectivo cartão de reconhecimento profissional, bem como do selo “Created in Cabo Verde”, marca de reconhecimento da origem registada.
Conforme o mesmo documento, as sessões informativas arrancam na ilha de Santiago no dia 15 e 16 de Setembro, às 14:30 no município da Ribeira Grande no Centro Cultural da Cidade Velha e no dia 18 às 15:00 na delegação escolar de São Lourenço dos Órgãos.
Desta forma, adianta a mesma fonte as sessões “terão um número máximo de artesãos, previamente convocados por ordem alfabética e com uso obrigatório de máscara, face à actual situação de contingência”.
O ministro da Cultura e das Indústrias Criativas disse em Outubro do ano passado, durante uma conferência de imprensa sobre a realização da Feira do Artesanato e Design de Cabo Verde (URDI 2019), que o seu ministério quer passar a ideia de que o artesanato pode ser uma profissão a tempo inteiro, tendo em conta o número de turistas que entram em Cabo Verde.
“Tendo em conta os números de turistas que entram em Cabo Verde justifica ter um sector totalmente profissionalizado, quanto mais não seja nas duas ilhas que são tipicamente turísticas e que recebem metade de quase um milhão de turistas que chegam ao país,” advogou o ministro.
Abraão Vicente sustentou, na altura, que “os estudos de micro-economia nos países de África do sector do turismo mostraram que a venda do artesanato pode ter mais rendimento mensal e anual do que uma profissão com o ensino superior”.