Mindelo, 03Mai (Inforpress) – Mariano Ortega, representante de Cabo Verde, sagrou-se campeão do 1º Open Internacional de Cabo Verde em Xadrez, que decorreu de 25 a 30 de Abril, na cidade do Mindelo com a participação de 34 xadrezistas de dez países.
Em declarações à Inforpress, Mariano Ortega que é também bicampeão nacional de Cabo Verde, Campeão Africano da Zona 4.2 e ainda n.º 8 no ranking africano disse que não pensava vencer mas a sua meta era estar entre os três primeiros classificados, pelo que “foi uma honra conquistar o título para Cabo Verde”.
Para o xadrezista, “foi um torneio de grande nível, com grandes mestres, entre os quais campeões da Espanha, de Portugal e da Croácia” e, por isso, “foi uma sensação de muito prazer ter vencido a prova”.
“E a parte boa foi ter contado com o apoio do País durante a competição, com mensagens de incentivo para vencer”, avançou o xadrezista, que se “mostrou honrado” por conquistar este troféu para Cabo Verde, país que o acolheu.
Para o presidente da Federação Cabo-verdiana de Xadrez, Francisco Carapinha, o facto de um xadrezista de Cabo Verde ter conquistado o título de campeão mostra a ousadia da organização, dos xadrezistas e que conseguiram que o xadrez fosse falado em todo o País e em todo o mundo durante nove dias.
“Cabo Verde foi falado em todo o mundo, mas é ousando que vamos conseguindo ter resultados. Penso que após este Open Cabo Verde 2022, o xadrez nacional e o próprio País saem reforçados na sua imagem de bem receber e organizar”, defendeu Francisco Carapinha, que aproveitou para enaltecer o trabalho da equipa envolvida na organização da prova para que o torneio fosse realizado.
Conforme Francisco Carapinha, o Cabo Verde Open não foi só uma competição de xadrez, pretendeu também ser um meio de divulgação do País e das suas gentes.
Por isso, explicou, fizeram uma excursão à ilha de Santo Antão, durante a qual promoveram a ilha e o concelho de Ribeira Grande, algo que teve envolvimento da Câmara Municipal Ribeira Grande, contrariamente à autarquia da ilha de São Vicente.
“Este envolvimento da Câmara Municipal de Ribeira Grande contrasta com o envolvimento da câmara de São Vicente que foi nulo. Mesmo tendo um evento desta grandeza, que valorizou a ilha e a cidade, e sem o envolvimento da sua câmara, a ilha teve neste 1º open um evento de excelente promoção de São Vicente”, criticou anunciando que a 2ª edição do Open Internacional de Cabo Verde em Xadrez será em Santo Antão em 2023 e que “já há um pré-acordo para que a Ribeira Grande receba o evento”.
“O que uns não querem ou não aproveitam, outros recebem de braços abertos”, notou ainda.
Já o vice-presidente do Comité Olímpico Cabo-verdiano (COC), Avelino Bonifácio, disse que a competição é um “desafio para todas as federações” que devem espelhar-se no trabalho da Federação Cabo-Verdiana de Xadrez para que” tenham a ousadia e capacidade” de fazer competições semelhantes.
Por sua vez, o presidente do Instituto do Desporto e da Juventude, FredricMbassa, enalteceu a iniciativa da federação em “contribuir para que o País seja uma plataforma de eventos desportivos internacionais”.
Pediu, igualmente, que o desporto seja visto “como um activo no País” e como um “impulsionador da economia e do turismo em Cabo Verde”.
Além do troféu de campeão a Mariano Ortega, foram entregues ainda troféus para o brasileiro Yago Santiago que ficou em 2º lugar, para Salvador Del Rio de Angelis da Espanha que conquistou o 3º posto, para António Fernandes, de Portugal, quarto classificado e para AleksaSrikovic da Sérvia que ficou no 5º lugar.
