Cidade da Praia, 22 Abr (Inforpress) – O Sindprof comemora o Dia do Professor Cabo-verdiano com “pequenas actividades descentralizadas” e reflexão sobre “o papel do professor na sociedade que se vive actualmente, e o relacionamento com os alunos neste momento da pandemia”.
A presidente do Sindicato Democrático de Professores (Sindprof) afirmou à Inforpress que esta foi a forma adoptada para evitar que este dia de reflexão, 23 de Abril, volte a passar em branco, à semelhança do ano transacto, face à situação sanitária marcada pelas restrições imposta por causa da pandemia da covid-19, para evitar aglomeração de pessoas e contágios.
Lígia Herbert avançou ainda a possibilidade de uma formação sobre a actividade sindical, para que os dirigentes tenham mais “traquejos” na resolução de diferentes pendências que afectam os professores, por entender ser necessário munir a classe de ferramentas capazes de resolver os problemas mediante negociações junto do Ministério da Educação.
“A classe não é só problema financeiro. A classe não tem só pendências financeiras, precisa de ser vista de outra forma. Para isso somos nós mesmos a tentar mudar a mentalidade da sociedade em relação a esta classe que é digna, nobre, mas, entretanto, é preciso que a sociedade veja com outros olhos a educação”, frisou Lígia Herbert.
Considerou ainda que este dia deve ser aproveitada para uma reflexão da classe docência com a tutela, alegando que para além da importância do espaço físico e das tecnologias, é preciso que se crie condições de trabalho, para que os professores tenham melhores incentivos, alegando que nada substitui o homem e o professor na sala de aulas.
Considerando o aluno e o professor como o mais importante de toda a estrutura educacional, Herbert avançou que o Sindprof está a trabalhar no sentido de criar incentivos à classe para que todos estejam motivados para criar forças, visando transtornar o professor no seu verdadeiro papel, enquanto o “olheiro da sociedade”.
Aproveitou a ocasião para ressaltar “a procura incessante de professores em filiar-se com uma entrada massiva” no Sindprof”, sublinhando que esta confiança que depositam nesta organização precisa ir ao encontro das expectativas dos professores a esta jovem organização com quatro anos de existência, mas “com anos de caminho na resolução das pendências dos professores”.
“Nós não temos nenhum problema que o professor seja de outra organização sindical. Se tem problema a gente também ajuda. O importante é resolver o problema da classe, porque senão fragilizamos também as organizações sindicais”, explicitou Lígia Herbert, que faz da máxima “junto unidos para a resolução dos problemas da classe”.