Cidade da Praia, 16 (Inforpress) – A presidente da Sociedade Cabo-verdiana da Música (SCM) Solange Cesarovna, defendeu hoje, que é possível realizar actividades com lotação superior a cem pessoas, realçando que basta ter uma organização correcta, atempada, e se garantir o distanciamento.
Solange Cesarovna fez estas declarações à imprensa no acto da assinatura do protocolo de parceria com a Associação de Promotores de Eventos de Cabo Verde (APECV), enquadrado nas acções de celebração do Dia Nacional da Cultura.
“Temos o exemplo dos países europeus que estão altamente afectados e voltaram com as actividades, usam o modelo em drivin onde podemos ouvir as músicas distribuídas através de sinal dentro dos carros, em que os carros são camarote e as buzinas são os aplausos”, disse.
Solange Cesarovna, salientou, que eventos do tipo exigem, naturalmente, ”mais custos” na produção, razão por que se tem de pensar que incentivos são necessários para se poder optar por esse modelo.
Para a responsável pode-se pensar em outras contribuições que têm recebido nomeadamente de poder fazer actividades dentro das bibliotecas e livrarias umas com uma lotação “menor” e outras dependendo do espaço com lotação “maior”, sobretudo nas praças públicas ou espaços perto das áreas do mar que sempre foram usadas para festivais “maior”.
“Com uma organização correcta e atempada é possível garantir o distanciamento e é possível voltar ao exercício de modelos respeitando as regras, mas conseguimos atingir um número de audiência que justifica a realização do evento economicamente” asseverou a presidente da SCM.
De acordo com Solange Cesarovna é “muito bom” o desconfinamento das actividades culturais proferidas pelo Governo, mas é “necessário com a mesma positividade fazer um novo instrumento que venha determinar quais são as condições, os modelos para criar atrações de atratividade do apoio de financiamento para que o regresso seja deveras positivo”.
Conforme a presidente da SCM, ”precisam de ouvir a opinião da classe”, de modo a trazer com urgência outros modelos que possam funcionar de Santo Antão à Brava, não só para que todos possam voltar a trabalhar, mas também para que os direitos dos autores e os licenciamentos sejam “observados”.
“Já que este ano foi perdido em termos de pagamentos dos direitos dos autores e dos artistas porque não houve licenciamentos até o momento para se iniciar actividades com capacidade maior e com capacidade de remunerar quem nós defendemos”, disse, asseverando, que este ano os autores e os artistas estão “triplamente sacrificados” por causa do não pagamento.
Por isso, de acordo com Solange Cesarovna, pensa-se que “urgentemente” vai haver uma “nova” aprovação de lei que venha permitir modelos diferentes dos que já estão anunciados, para a qual a “SCM está disponível para contribuir”, de modo a que, com “maior brevidade possível”, também se devolva os outros tipos de eventos para Cabo Verde sempre garantindo as regras sanitárias, para que a classe “não sofra mais do que tem sofrido”, enfatizou.
TC/FP