Bissau, 16 Out 20 (ANG) – O presidente do Tribunal da Relação, Tijane Djaló, considera falsa e infundada a notícia que dá conta de que Aristides Gomes não pode sair do país.
Aristides Gomes encontra-se refugiado na sede das Nações Unidas em Bissau desde que o seu Governo foi demitido, em Fevereiro passado, por ordens do Presidente Umaro Sissoco Embaló.
Luís Vaz Martins, que integra o colectivo de defesa de Aristides Gomes, precisou que existe um despacho que é atribuído ao Tribunal da Relação, em papel timbrado e com o carimbo daquela instância. Mas sabe-se agora, que, na verdade, diz Vaz Martins, trata-se de um documento forjado pelo coordenador da Vara Crime do Tribunal Regional de Bissau, que não tem competência para esta questão em concreto. Ou seja, não pode, à luz da lei guineense, ouvir um primeiro-ministro.
No despacho considerado falso, o magistrado diz que Aristides Gomes não pode sair da Guiné-Bissau, mesmo tendo dupla nacionalidade, guineense e francesa, por estar indiciado de práticas de crime económico e peculato.