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SINJOTECS considera positivo balanço de primeira semana da “caça ao voto”

Bissau, 08 Nov 19 (ANG) – O Sindicato de Jornalistas e Técnicos da Comunicação social (SINJOTECS) considera de positivo a primeira semana de cobertura mediática da campanha eleitoral para às presidenciais por parte dos órgãos de Comunicação social nacional e internacional.

Em entrevista hoje à ANG, o secretário-geral de SINJOTECS Diamantino Domingos Lopes justificou que se regista ampla cobertura da campanha pelos órgãos de comunicação social nesta primeira semana de caça ao voto dos candidatos concorrentes à mais alta magistratura da nação.

 » Para nós é positivo, na medida em que a imprensa está a cumprir a sua responsabilidade de levar junto do eleitor as promessas ou as informações sobre actividades de candidatos relativas a campanha eleitoral », realçou Lopes.

Domingos Lopes considera que a cobertura que se verifica é ampla porque hoje todo mundo está informado sobre o desenrolar do processo de campanha, e que é uma missão que cabe aos órgãos de comunicação social, e está sendo cumprida.

Além dos órgãos da Comunicação social, os próprios profissionais da área através das suas páginas de redes sociais e canais particulares, estão a passar informações das actividades politicas em tempos reais, de forma que, em termos de informação, tudo está devidamente bem e o resto cabe aos partidos políticos e aos candidatos pôr a disposição dos jornalistas seus programas de campanha.
 » Constata-se que, devido as relações que existem entre alguns candidatos e jornalistas estes acabam por descartar serviços de certos órgãos, isto já é tradicional na nossa democracia, o que é condenável na democracia porque o acesso à informação é um direito e quando se nega à um órgão esse direito está a pôr em causa a liberdade de imprensa », afirmou.

Por essa razão, Diamantino Lopes apela aos políticos no sentido de se abdicarem da selecção que fazem na escolha de jornalistas que vão cobrir suas actividades de campanha no terreno durante o processo eleitoral.

Questionado sobre se o facto de os jornalistas continuarem a ser transportados pelos candidatos não põe em causa a independência dos profissionais de informar com imparcialidade e isenção, disse que nas vésperas das legislativas de 10 de Março o SINJOTECS tinha elaborado um projecto conjunto visando promover maior independência por parte de profissionais da comunicação social durante a cobertura eleitoral mas que não surtiu o efeito desejável.

“Na altura, o governo se mostrou interessado, e garantiu total apoio inclusive no balanço de 100 dias de governo, Aristides Gomes voltou a frisar este ponto em como o governo vai fazer todo o possível para satisfazer a solicitação que foi feita. Infelizmente, a dada altura, o governo levantou a questão de falta de meios até para financiar próprio processo eleitora”, disse.

Diamantino disse entretanto que faz fé que essa falta de apoio não venha a influenciar na actividade dos jornalistas de informar o público com imparcialidade, porque também é algo que é visto como obrigação dos partidos políticos cobrir as despesa de deslocação de serviço prestado por parte de profissionais de comunicação.

Lopes garantiu que vão continuar a lutar até que um dia sejam criadas as condições necessárias para que os profissionais dos órgãos de comunicação social possam exercer com imparcialidade e autonomia as suas actividades, sobretudo durante o período eleitoral.

A propósito, Diamantino Lopes informou que a organização que defende os direitos dos jornalistas dispõe de um conjunto de projectos, entre os quais, o de subvenção à órgãos para que no futuro possam minimizar as dependências dos órgãos nessa matéria.

Doze candidatos concorrem ás eleições presidenciais marcadas para 24 de novembro.