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São Vicente: Directora do Ministério da Economia Marítima diz ser “falsa” denúncia de técnicos deste organismo sem salários há 70 dias

A directora-Geral de Planeamento, Orçamento e Gestão do Ministério da Economia Marítima (MEM), Helena Luz, garantiu ser “falsa” a denúncia de que “mais de 35 técnicos” deste ministério estariam há “mais de 70 dias” sem salários.

A reacção da responsável foi despoletada por uma denúncia anónima enviada à Inforpress por um alegado técnico do MEM, no Mindelo, que falava de uma “situação lastimável e revoltante” em que “mais de 35 técnicos” estariam “sensivelmente mais de 70 dias sem receber o salário e sem nenhuma justificativa”.

Em declarações à Inforpress em São Vicente, Helena Luz considerou ser “falsa” a acusação, mas esclareceu ter havido um “ligeiro atraso” no pagamento dos salários do mês de Janeiro de 2020 motivado por “questões orçamentais, nomeadamente a publicação da lei orçamental, que só saiu no dia 17”.

“E depois houve uma reestruturação interna em termos dos centros de custos para pagamento destas pessoas, mas que já está ultrapassada”, asseverou, adiantando que estiveram 33 e não 35 funcionários nesta situação.

Destes 33, segundo a mesma fonte, 24 já receberam desde a semana passada, restando nove que estão no sistema para receber nesta sexta-feira.

“Portanto, não são 70 dias, mesmo porque os seus salários do mês de Dezembro receberam a tempo e horas”, explicou, antes de acrescentar que foi dado um “feedback por parte do gabinete do ministro e telefonado a cada um dos trabalhadores para explicar o porquê do atraso”.

A denúncia, feita por e-mail, refere ainda que os trabalhadores em questão não teriam exposto a situação temendo “perseguição e represálias”.

Helena Luz defendeu ser igualmente “falso e descabido” tal afirmação já que são pessoas com “mais de cinco anos de contrato” e que “não têm culpa no ligeiro atraso nos pagamentos”.

Outra situação, alegadamente vivida dentro do MEM e apresentado no documento, seria a de funcionários com “mais de 40 anos de serviço sem solicitarem a reforma, bloqueando os jovens com sete a 15 anos de serviço, que nem sequer têm contratos nem, pior ainda, uma carreira”.

A directora-geral de Planeamento, Orçamento e Gestão considerou ser um outro assunto a ser tratado em outras instâncias, uma vez que as reformas são “assuntos pontuais e com cada caso em particular” e que não se resolvem de um dia para outro.