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Ministro Cassamá alerta que a degradação de mangais contribui para aumento da erosão

Bissau,27 Mar 20(ANG) – O ministro do Ambiente e da Biodiversidade alertou que a degradação do ecossistema de mangal e das florestas têm contribuído no aumento do fenómeno da erosão no país.
Viriato Cassamá falava no âmbito da cerimónia de entrega de vários lotes de materiais que a direcção-geral do ambiente e da agricultura recebeu por parte do Instituto da Biodiversidade e Áreas Protegidas (IBAP) através da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN).

Os donativos financiados pelo Fundo Mundial de Ambiente foram doados no quadro do projecto de protecção e restauração de mangais e paisagem produtiva para fortalecer a segurança alimentar e mitigar os efeitos das alterações climáticas .

“A Guiné-Bissau é considerada um dos países mais vulneráveis ao impacto das alterações climáticas devido a sua baixa costa, irregularidade do regime da chuva e aumento da temperatura associada a fraca capacidade técnica e tecnológica, e ao défice de meios financeiros para fazer face aos problemas decorrentes dessa inegável realidade”, diz o governante.

Adiantou que os aumentos dos fenómenos da erosão e da segmentação devido a degradação do ecossistema de mangais e das florestas têm contribuido para o aumento do fenómeno da erosão associada a má gestão de água de cultivo de arroz, que ameaça a subsistência das comunidades locais.

A ocasião serviu para o ministro do Ambiente e da Biodiversidade pedir o respeito na aplicabilidade de medidas de prevenção contra o coronavírus que assola o mundo.
O director-geral do IBAP, Justino Biai defendeu a valorização de mangais assim como a sua protecção sobretudo no contexto da alteração climática.

“Hoje cada vez mais, estamos a descobrir o papel económico e social do mangal, o que aumenta a sua importância. Por isso, é imperioso a valorização sistemática de mangal e por outro lado, devemos protegê-lo porque joga um papel de grande importante sobretudo neste momento em que deparamos com mudanças climáticas”, advertiu Justino Biai.