- FAAPA ENG - https://www.faapa.info/en -

Dia de Africa/Boa Vista: Tibo Évora representa Cabo Verde no ‘WorldWide Africa NetWork’

Sal Rei, 25 Mai (Inforpress) – O músico Tibo Évora representa Cabo Verde, hoje, no ‘WorldWide Africa NetWork’ (WAN), evento online criado para sensibilizar sobre a pandemia, a ser divulgado em todas as redes sociais e exibido em 200 canais africanos e asiático-pacífico.
Em entrevista à Inforpress, Tibo Évora disse que assim que recebeu o convite pensou teria que abraçar este projecto e representar Cabo Verde neste evento cultural online, que tem como padrinho o músico senegalês Youssou N´dour, para comemorar o dia da Africa, efeméride assinalado hoje.
“É uma honra juntar-me a artistas de renome para representar Cabo Verde e cantar África, no dia deste continente. Pensei que poderíamos aderir ao projecto e mostrar ao mundo que Boa Vista é uma ilha que é exemplo, para que outros países em dificuldade possam levantar perante o coronavírus”, afirmou Tibo Évora .
É neste contexto que este artista, nascido na França e que vive na ilha da Boa Vista, avançou que gravou uma mensagem explicando a realidade que o País vive de momento, destacando a união que resultou no “sucesso” da Boa Vista, na luta do novo coronavírus.
Segundo a mesma fonte, conseguiu-se com trabalho em conjunto com Câmara Municipal de Boa Vista, o Governo, Associação Comunitária Unidos pela Boa Vista (ACUB), SOS Bubista e a população que cumpriu, ao ficar em casa.
“Quero mostrar que a união fez a força e a ilha é prova deste sucesso, que merece ser divulgado ao mundo”, disse o artista, que se identifica como “cabralista”, daí apontou que traz esta ideologia na sua mensagem, baseada na prática do sentimento de união, sob a máxima “Unidade e Luta”, do herói nacional Amílcar Cabral.
“Pombinha”, do disco de Tibo Évora, é a música a juntar-se à bandeira de Cabo Verde no WAN, feita em parceria com a União Africana Brodcasting, que junta cantores e personalidades africanas como Angelique Kidjo, Fally Ipupa, Jummy Clief, Salif keita e o grupo Kassav, entre outros, para “sensibilizar o continente sobre a pandemia e pensar depois do coronavírus”.
Conforme o cantor, a música simboliza “fé, esperança e paz”, daí esta escolha para cantar ao continente africano e ao mundo no evento, que terá ainda debates, conferências e trocas de ideias, sobretudo para abordar o problema vivido neste período de crise sanitária, esperando ainda atingir cerca de 500 milhões de telespectadores.
“Vivemos um momento na história da humanidade que temos que reflectir, pensar e preocupar-se na família, e no próximo que amamos, é um momento para renascermos nos nossos pensamentos, nos nossos corações e na nossa relação com a humanidade”, analisou o cantor, que considera que “há que se ter mais responsabilidade no cuidado ao próximo, e na protecção de natureza”.
Tibo Évora almeja e disse ter fé que se vai construir “um mundo novo, com mais amor, mais saúde e mais solidariedade”.
O artista envia “força para a população de Santiago” e pede para que cumprem sobretudo o distanciamento social, uma das “condições primordiais” para “conseguir vencer e levantar a cabeça perante o inimigo invisível”.
“Não temos que nos descuidar, temos que pensar que isto não está no fim, porque a luta ainda não terminou. Unidade é luta”, reiterou.