Bissau,10 Jul 20(ANG) – O secretário executivo da Associação Nacional dos Proprietários da Farmácia(Anaprofarm), afirmou que o país está a beira de rotura total do stock de medicamentos neste período da pandemia.
Em entrevista exclusiva concedida hoje à ANG sobre as reservas dos medicamentos para atender as necessidades da população neste período da covid-19, Ahmed Akhdar disse que, dos três depósitos de medicamentos existentes no país, um foi encerrado recentemente pelas autoridades
judiciais e os restantes não têm capacidade de resposta para as necessidades dos operadores farmacêuticos.
“A Guiné-Bissau conta actualmente com cerca de 300 estabelecimentos farmacêuticos e apenas três depósitos que os abastecem em medicamentos, e em muitas ocasiões não têm stock suficiente para atender as demandas de todas as farmácias existentes no país”, explicou.
Ahmed Akhdar igualmente proprietário da Farmácia Moçambique, disse que com a situação da pandemia de coronavirus e que motivou o fecho das fronteiras, os depósitos de medicamentos existentes no país já não têm stock suficientes para abastecer as farmácias, o que pode resultar em perigo eminente para a saúde das populações.
Aquele responsável farmacêutico informou que a livre circulação de pessoas e bens no espaço da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental(CEDEAO), não contempla os medicamentos o que torna ainda a situação mais complicada, em termos de sua importação de países vizinhos.
“Já estamos a entrar numa fase em que a procura de medicamentos por parte da população já está a superar o stock existente nas farmácias e por isso as autoridades competentes devem diligenciar medidas urgentes para colmatar a situação”, disse.
Segundo o Centro de Operações de Emergência de Saúde, até o último fim de semana, a Guiné-Bissau registava um total acumulado de 1.790 casos de covid-19, desde o início da pandemia e 25 vítimas mortais.