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Pescas/”Águas territoriais da Guiné-Bissau poderão ser fiscalizadas através de drones”, afirma coordenador do FISCAP

Bissau,06 Ago 20(ANG) – O coordenador do Serviço Nacional da Fiscalização e Controlo das Actividades de Pesca(Fiscap), afirmou que já estão a ser criadas as bases para introduzir a curto ou médio prazo os drones na fiscalização das águas territoriais do país.
Vladimir Djomel em entrevista exclusiva concedida hoje à ANG, disse que o referido projecto, ainda necessita de ser introduzido na Lei Geral das Pescas da Guiné-Bissau para que apartir da sua emplementação prática possa trazer ganhos para o país.

Aquele responsável informou que, se avançarem de imediato com a fiscalização das águas territoriais do país através de drones sem criar as legislações para o efeito, correrão o risco de um dia sofrer infranções se eventualmente um armador cujo navio for aprisionado recorrer a justiça, porque esse sistema de fiscalização não existe na Lei Geral das Pescas da Guiné-Bissau.

Informou que estão a pensar na introdução de drones com autonomia de cinco à dez horas de voos e com capacidades de captar as imagens e o posicionamento dos navios de pesca no alto mar.

Vladimir Djomel disse no entanto que a fiscalização através de dornes será alargada para a pesca artesanal porque actualmente não conseguem colocar as balizas do aparelho do Sistema de Monitorização de Serviços de Fiscalização, denominado VMS nas pirogas mas sim, somente nos navios de pesca industrial.

“A introdução de drones na fiscalização marítima irá com certeza criar as riquezas para o país, porque todos os armadores tanto industriais como artesanais serão obrigados a ter licenças de pesca e ninguém vai montar nas licenças de outros como acontece actualmente”, explicou.

O coordenador do Fiscap informou que os navios piratas diminuíram consideravelmente nas águas territoriais da Guiné-Bissau através da introdução do Sistema VMS uma tecnologia de ponta que igualmente existe nos paises da sub-região, e que será ainda mais reforçada com os drones.

“Mais também não descartamos a possibilidade de aquisição de dois patrulheiros com 45 metros cada que nos permite ter mais eficiência na fiscalização dos nossos mares”, explicou.

Djomel frisou que os meios de fiscalização de que dispõe actualmente o Fiscap, nomeadamente a videta Ocante Bnum e Ndjamba Mané, não têm grandes autonomias para permanecer mais de cinco dias no alto mar e além de mais não dispõem de confortos para proteger os fiscalizadores marítimos de sol e chuva.

O coordenador do Fiscap sublinhou que herdou aquela instituição com praticamente todas as videtas de fiscalização avariadas, acrescentando que, graças a dinâmica do actual ministro das Pescas, conseguiu-se disponibilizar meios financeiros no qual recuperaram duas embarcações, nomeadamente a Terratchok e Baleia-4 e estão neste momento empenhados na reabilitação da Baleia-2.

Disse que encontrou os funcionários do Fiscap numa situação de atrasos salariais de 12 meses e motivou a inoperacionalidade das actividades de fiscalização, acrescentando que fizeram deligências e no curto espaço de tempo pagaram sete meses de dívida.

“Isso fez levantar os ánimos junto dos trabalhadores para que possam ter vontade de continuar as actividades normal”, revelou