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Presidente da BVCV propõe criação de uma “Bolsa de Valores voltada à economia azul” no horizonte 2030

Cidade da Praia, 06 Ago (Inforpress) – O presidente da Bolsa de Valores de Cabo Verde (BVCV), propôs hoje a criação de uma Bolsa de Valores voltada para a economia azul, no horizonte 2030, na captação instrumentos inovadores e atracção de mais oportunidades de financiamento.
Manuel Lima fez esta proposta, durante a sua intervenção no atelier temático sobre “Financiamento da Economia e Desenvolvimento do Sector Privado no Pós-Pandemia da covid-19”, realizada hoje, na Cidade da Praia.
Para este responsável a aposta na criação de uma Bolsa de Valores de Economia Azul será benéfico não só para Cabo Verde, mas também para a sub-região africana, lembrando que o arquipélago a nível do território, a área marítima é maior que a terrestre.
“Há um investimento forte a nível de economia azul porque não pensar, no horizonte 2030, na criação de uma Bolsa de Valores e economia azul, porque temos mais mar do que terra, poderá ser a primeira bolsa vocacionada à economia azul, na perspectiva de cada vez mais captar instrumentos inovadores para o financiamento da economia azul”, afirmou.
Para isso, advogou a necessidade da criação de todas as condições com destaque para a posta na inovação, visando atrair novas oportunidades de investimento no horizonte 2030.
Abordando os mecanismos de captação das empresas tendo em conta o contexto da covid-19, defendeu a necessidade da criação de condições que permitam que as empresas tenham instrumentos na captação de financiamento durante e após esse período.
“Há a necessidade de preparar as nossa empresas para a nova fase de investimento, a perspectiva é que 2030 nos obriga a pensar no pós pandemia não só nesse período, mas também no horizonte 2030, por isso, há que pensar na necessidade de ajudar as empresas a prepararem-se, a cada vez mais para terem acesso ao mercado de capital para expandir os seus negócios”, declarou.
Lembrou, por outro lado, que a curto prazo foram adoptadas medidas assertivas para ajudar as empresas a fazerem face à pandemia da covid-19, reiterando que essas medidas têm aliviado os custos das empresas no actual contexto.
De acordo com Manuel Lima, a atracção do investidor externo depende da sustentabilidade da dívida, e apontou para a importância da garantia de um sistema financeiro cabo-verdiano “robusto” e “resiliente”.
“A construção do mercado não depende só da bolsa, a bolsa poderá ser a face mais visível, mas claramente vai depender de todo o sistema, da Bolsa de Cabo Verde, do Governo, dos parceiros, das instituições financeiras, todos, são chamados a criar as condições para que tenhamos uma bolsa credível”, frisou.