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Desenvolvimento actual da Ribeira Grande de Santiago “não é digno do seu legado histórico” – presidente da câmara

Cidade da Praia, 09 Dez (Inforpress) – O presidente da Câmara Municipal da Ribeira Grande de Santiago, Nelson Moreira, disse hoje que, neste momento, o nível de desenvolvimento e de investimento feito naquele município “não é digno” do seu legado histórico.
O autarca fez estas declarações à Inforpress, à margem da inauguração de um painel informativo com imagens e texto que fazem o resumo da história da antiga hidrobase da Aéropostale, uma companhia de aviação pioneira fundada em 1919, na França, localizada em Calheta de São Martinho.
“O desenvolvimento está um pouco aquém. Por isso, estamos abertos para trabalhar em parceria com toda a sociedade, porque entendemos que o desenvolvimento da Ribeira Grande é enorme, mas a responsabilidade tem que ser partilhada”, referiu.
Sendo Ribeira Grande uma cidade histórica, a primeira de Cabo Verde, afirmou o recém-empossado autarca, a câmara tem que ser parceira no sentido de divulgar para que as pessoas possam conhecer a sua história.
E sobre a inauguração do referido painel informativo, um feito da Universidade Jean Piaget de Cabo Verde, da Embaixada de França em Cabo Verde e da Associação Cabo-verdiana de Ecoturismo (ECOCV), Nelson Moreira frisou que iniciativas deste género são sempre boas porque relembram e também fazem com que as pessoas conheçam a história do País e da Ribeira Grande de Santiago, em particular.
“Calheta de São Martinho é uma comunidade isolada. É sempre bom quando estamos a relembrar a história e colocar essa comunidade no ´mapa´. Digo isto porque a sua história, neste momento, está um pouco esquecida e há a necessidade de a revermos e viver a história”, defendeu.
Para além de ser uma “comunidade pacata”, Nelson Moreira elucidou que a mesma vai acolher um projecto que irá dinamizar essa localidade, o município e a ilha de Santiago em geral. Trata-se, segundo explicou, de uma unidade hoteleira com cerca de 600 quartos, que vai gerar vários empregos.
“A câmara vai arrecadar alguns impostos que vão permitir alavancar a economia no município”, completou.