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Líder da UNTC-CS diz que há margem para aumento salarial de 2,0% em 2022

Cidade da Praia, 30 Set (Inforpress) – A secretária-geral (SG) da UNTC-CS, Joaquina Almeida, congratulou-se hoje com o Orçamento do Estado para 2022 que prevê um crescimento da economia entre 3,5 a 6,0 por cento (%).
Joaquina Almeida entende que há margem para um aumento salarial de, pelo menos, de 2,0%.
“Encontrámos alguns aspectos positivos na proposta do Orçamento do Estado para 2022 [OE-2022] por ser mais realista e ter um montante muito inferior ao Orçamento Rectificativo”, indicou Joaquina Almeida, para quem o OE para o próximo ano é de “contenção”.
A líder da UNTC-CS, que falava à imprensa, na Cidade da Praia, disse que diante das projecções do Governo, há condições para que haja um aumento salarial de 2,0%, tanto no sector público como no privado, justificando que “quem move a economia são as empresas e os trabalhadores”.
Lembrou que os 2,0% foram uma proposta da sua Central Sindical durante a recente reunião de Concertação Social realizada na capital do País.
Conforme notou, o executivo de Ulisses Correia e Silva alegou que não dispõe de recursos para o referido aumento salarial.
Assim, apontou, a União Nacional dos Trabalhadores Cabo-verdianos apresentou uma outra proposta, nomeadamente no sentido da redução da carga fiscal, do Imposto de Rendimento sobre Pessoas Singulares (IRPS) e o aumento do mínimo de existência de 35 mil para 50 mil escudos.
“O OE para 2022 prevê a criação de cerca de dez mil empregos, o que, em nosso entender, é ilusório”, afirmou a SG da UNTC-CS, explicando que a quantidade de postos de trabalho indicada pelo Governo é a “recuperação dos empregos perdidos” no quadro da pandemia de covid-19.
Para aquela responsável sindical, com o OE para o próximo ano o Plano de Cargos, Carreira e Salário (PCCS) “vai continuar congelado”.
Entretanto, avançou que a sua Central Sindical apoia a continuidade do ‘lay-off’ para todas as empresas em dificuldades e não apenas para o sector do turismo.
“A UNTC-CS é redondamente contra o aumento do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) bem como de outras medidas que irão mexer com os parcos recursos dos trabalhadores”, admitiu, lembrando que a proposta de aumento do IVA partiu de um dos conselheiros.
Na sua perspectiva, a UNTC-CS faz uma apreciação “negativa” do OE-2022, porque o “Governo deixou mais uma vez os trabalhadores cabo-verdianos para trás”.
Instada sobre qual será o posicionamento da sua central sindical, perante o cenário de não haver o aumento salarial, assegurou que vão “reivindicar e exigir o cumprimento dos acordos que o Governo rubrica e assume”.
“Na falta do compromisso do Governo, compete aos trabalhadores agirem”, lançou Joaquina Almeida, acrescentando que estes podem contar com o apoio da UNTC-CS.