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Ministro da Educação afirma que “não há muitos motivos” para possíveis greves ou manifestação de professores

Cidade da Praia, 06 Out (Inforpress) – O ministro da Educação afirmou terça-feira que o ministério tem demonstrado que valoriza os professores e que “não há muitos motivos” para possíveis greves ou manifestação de professores, tendo apelado à confiança dos sindicatos na sua equipa.
O governante fez estas afirmações em declarações à Inforpress, quando reagia às declarações do vice-presidente do Sindicato Nacional dos Professores (Sindep), Jailson Lopes, que esta terça-feira, acusou, em conferência de imprensa, o Governo de marginalizar os professores, tendo o mesmo adiantado que o referido sindicato pondera adoptar outras formas de luta como greve ou manifestação, caso os docentes assim o entender, na resolução das pendências.
“Valorizamos os professores e os sindicatos. Temos muita confiança nos professores e nós aqui no ministério entendemos que o ministro da Educação é também ministro dos professores, estamos empenhados em trabalhar com os professores e sindicatos e ainda há menos de um mês, recebemos aqui o presidente do Sindep e discutimos com ele as questões tranquilamente”, disse Amadeu Cruz, reafirmando o compromisso do ministério para com os sindicatos.
O governante considerou a reivindicação dos sindicatos como “normal”, tendo, no entanto, lembrado que o Governo já resolveu até agora, pendências beneficiando mais de seis mil professores com um impacto orçamental anual à volta de 700 mil contos, acrescentando que neste ano, já foram resolvidas pendências beneficiando mais de mil professores.
“Aquilo que assumimos com o Sindep e os outros sindicatos é que até ao regime orçamental de 2023, estaremos a resolver a generalidade das pendências para podermos entrar na gestão corrente e normal das carreiras dos professores”, prometeu.
O Ministério da Educação, de acordo com Amadeu Cruz, compreende a ansiedade dos professores e dos sindicatos, tendo realçado que a tutela tem agido no clima de diálogo, entendimento e procura de convergência com os sindicatos na resolução das irregularidades que afectam a classe.
“Vamos cumprir aquilo que sempre dissemos que é trabalhar em diálogo construtivo com os sindicatos, valorizar as carreiras dos professores, dignificar os professores. Queremos dizer aos professores que podem confiar no ministro e na equipa do Ministério da Educação porque juntos vamos construir aquilo que são os factores de resiliência e confiança”, declarou.
As outras formas de luta ponderadas pelo Sindep, de acordo com Amadeu Cruz, dependem da decisão do próprio sindicato, realçando que do ponto de vista do diálogo é de se ponderar melhor e que, do ponto de vista do Ministério da Educação, “não há muitos motivos” para possíveis greves ou manifestação de professores em Cabo Verde.