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Coordenadora do projecto Reflor-CV defende aposta na diversificação de espécies e continuação da arborização


  6 Août      16        Environment (3677),

   

Cidade da Praia, 06 Ago (Inforpress) – A coordenadora nacional do projecto Reflor-CV, Luísa Morais, defendeu quinta-feira a necessidade de Cabo Verde continuar a apostar na diversificação da plantação das espécies e continuação da arborização, visando promover a resiliência e o desenvolvimento sustentável das comunidades.
Esta responsável fez estas declarações aos jornalistas, à margem da abertura da sessão do processo participativo de elaboração dos instrumentos de planificação florestal do projecto “Reforço da capacidade de adaptação e resiliência no setor florestal em Cabo Verde” (Reflor-CV), a decorrer na Cidade da Praia.
Conforme explicou, está em curso no âmbito do projecto Reflor-CV, um processo participativo como suporte para o subsequente desenvolvimento de estratégias para o planeamento dos sistemas florestais das ilhas de Santiago, Fogo e Boa Vista, referindo que há quase dois anos está-se a trabalhar para se ter instrumentos de planificação e gestão florestal a nível das três ilhas onde o projecto intervém.
“Hoje estaremos a trabalhar na planificação da ilha de Santiago, uma planificação que começou a nível local e nível dos ‘prints’, já fizemos um conjunto de sessões bastante alargadas, onde tivemos o engajamento, sobretudo das comunidades, onde fomos auscultar e sentir como é que estão as zonas arborizadas hoje, que problemas têm e como é que podemos planificar o futuro”, realçou.
Entretanto, avançou, durante o processo de auscultação foram identificados alguns constrangimentos no que se refere à arborização, apontando a questão das mudanças climáticas e os lixos e escombros que são deitados nas florestas como factores críticos que poderão influenciar negativamente no processo.
“Como sabem, Cabo Verde já há alguns anos para cá não vem chovendo e as zonas arborizadas, mesmo com espécies que são bastante resistentes, tinham sido seleccionadas por causa da sua resistência ao nosso clima, mas neste momento, quando percorremos as zonas arborizadas sente-se que estão no nível de stress bastante elevado”, elucidou, asseverando que os subsídios recolhidos nas sessões na ilha de Santiago vão permitir finalizar os instrumentos de planificação que depois irão ser socializados no mês de Setembro.
Luísa Morais apontou ainda a questão da gestão territorial das zonas arborizadas como sendo algo mais “complexo” e muito institucional, afirmando, no entanto, que o projecto Reflor-CV tem trabalhado em parceria com as câmaras municipais para saber os locais definidos para se lançar os escombros e a necessidade de se fazer uma maior fiscalização no que se refere ao cumprimento dos objectivos.
Para fazer face aos factores críticos detectados, salientou, há necessidade de se apostar na diversificação da plantação das espécies e continuação da arborização, visando promover a resiliência e o desenvolvimento sustentável das comunidades.
“É preciso continuar a arborizar, continuar a plantar, ter uma floresta mais diversificada em termos de espécies. Se repararem quando se desloca ao interior, há uma predominância de uma espécie e nós tratando-se de um projecto que ambiciona a questão da resiliência e a resiliência passa também pela diversificação das espécies nas zonas de altitudes, plantamos bastante plantas endémicas para diversificar estas zonas”, disse.
Informou, por outro lado, que foram introduzidas nas zonas áridas espécies que são úteis para o pasto, acrescentando que de acordo com as orientações do sector, nos próximos anos irão trabalhar na questão da agro-florestaçao, que é uma floresta composta por árvores frutíferas, para aumentar o rendimento das famílias.
Reflor-CV é um projecto é do Ministério da Agricultura e Ambiente, financiado pela União Europeia e em execução pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).
O principal objectivo é o de aumentar a resiliência e a capacidade de adaptação para enfrentar os riscos adicionais colocados pelas mudanças climáticas na desertificação e degradação da terra em Cabo Verde.
Tem uma meta de alcançar, nos próximos três anos, cerca de 800 hectares (área correspondente a 800 campos de futebol) em termos de novas áreas arborizadas e plantadas e com espécies mais adaptadas para a construção da tão desejada resiliência.

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