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Presidente da APIMF-CV propõe reconhecimento da associação como parte integrante do sistema financeiro do País


  30 Septembre      54        Economy (15083),

   

Cidade da Praia, 30 Set (Inforpress) – A presidente da Associação Profissional das Instituições de Microfinanças em Cabo Verde (APIMF-CV), Lina Gonçalves, propôs hoje ao Banco de Cabo Verde o reconhecimento da referida associação como parte integrante do sistema financeiro do País.
Esta responsável fez esta proposta durante a sua intervenção na cerimónia de abertura do II Fórum de Microfinanças organizado pelo Banco de Cabo Verde (BCV) em parceria com a Associação Profissional das Instituições de Microfinanças de Cabo Verde (APIMF-CV) e o Projecto de Apoio ao Desenvolvimento das Finanças Inclusivas (PADFI), financiado pela Cooperação Luxemburguesa.
Conforme realçou, as instituições de microfinanças vêm investindo em novos campos de negócio, melhorando os seus processos, aumentando a oferta de produtos e serviços num quadro pessoal qualificado para que possam dar respostas às necessidades de um público-alvo em constante mutação.
A transformação digital, de acordo com a presidente da APIMF-CV, trouxe uma nova era para as empresas de todo o seguimento de mercado, tendo realçado que as instituições que não trabalharem nesse sentido correm o risco de serem deixadas para trás.
Todavia, ressaltou, a transformação digital carece de recursos que as instituições de microfinanças infelizmente não possuem, apontando a ausência de liquidez para fazer face ao financiamento como o maior desafio do sector das microfinanças.
“Numa conjuntura em que o combate ao desemprego se tornou ainda mais urgente e necessário, boa parte das instituições de microfinanças não estão aceitando novos pedidos de crédito, por não terem a capacidade de dar resposta, a retoma da economia e a promoção da inclusão social e financeira passam pelas instituições de microfinanças”, disse, referindo que a APIMF –CV quer  continuar a trabalhar em prol da erradicação e da fome, da redução das desigualdades sociais e da promoção da igualdade de género.
Acrescentou, de igual modo, que a referida associação quer continuar a contribuir para o crescimento económico e criação de trabalho digno para os cabo-verdianos, tendo, no entanto, alertado que o futuro das instituições de microfinanças depende do quadro institucional existente no país.
Segundo Lina Gonçalves, ainda falta definir uma politica de refinanciamento eficiente para as instituições de microfinanças, frisando que não será possível desenvolver o sector das microfinanças sem que este tenha acesso a fundos para cumprir com a sua missão social, de crescer e continuar a servir o país.
“O momento não poderia ser mais oportuno, uma vez mais queremos propor ao Banco de Cabo Verde que o sector seja efectivamente reconhecido como parte integrante do sistema financeiro do País, que as instituições possam ter acesso a uma conta domiciliada no seu regulador, que possa aceder a recursos disponibilizados à semelhança do que acontece com a banca e que as políticas e medidas sejam ajustadas ao sector”, declarou.
Reconheceu, por outro lado, as medidas adoptadas pelo Governo para a promoção e melhorias do sector, mas reforçou que tais medidas precisam ser adaptadas às necessidades das instituições de microfinanças.
“Apelamos assim, a um diálogo directo e sem intermediários para que juntos enquanto parceiros na promoção da inclusão social e financeira, possamos trabalhar na criação de um ecossistema de financiamento favorável, adequado e eficiente e um ecossistema que permita um crescimento proporcional ao nosso público-alvo”, concluiu.
O II Fórum de Microfinanças realiza-se sob o lema “a transformação das instituições de microfinanças e os desafios da economia digital no contexto da pandemia covid-19”.
O evento visa dinamizar um espaço de diálogo e socialização dos assuntos actuais com vista à criação de um ambiente favorável ao desenvolvimento da actividade de microcrédito e afins, designadamente, debater os desafios da transformação e a digitalização dos serviços financeiros como importante ferramenta de inclusão financeira em tempos da pandemia.

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