Espargos, 27 Jan (Inforpress) – O presidente da Câmara Municipal do Sal, Júlio Lopes, garantiu que, a nível de formação, “ninguém na ilha fica sem estudar por não ter possibilidades financeiras”, porque a câmara “vai apoiar”.
Júlio Lopes fez essas declarações no acto de abertura de uma formação na área de cuidados a idosos e pessoas portadoras de deficiência, iniciativa do Instituto Cabo-verdiano para a Igualdade e Equidade do Género (ICIEG) e testemunhada pela presidente do instituto, Rosana Almeida.
A acção, dirigida a 18 mulheres na ilha do Sal, visa garantir “um emprego digno e empoderamento económico” das mesmas, através da montagem de lares para acolhimento de idosos e deficientes, ou atendimento a domicílio, cujo projecto, de âmbito nacional, é financiado pela Cooperação Espanhola.
“Aqui no Sal temos um lema, ninguém fica sem estudar por não ter possibilidades financeiras. Quem quer fazer o 12º ano, faz, quem quer fazer o ensino superior aqui no Sal, também faz (…) estamos aqui para apoiar”, assegurou Júlio Lopes, advertindo que neste quesito a juventude “não poderá desculpar-se”.
Insistindo que a juventude “não poderá justificar o não estudar” ou “o deixar os estudos por falta de dinheiro”, já que a câmara está “aberta e disponível” a apoiar, o autarca clarificou, entretanto, que “quem quer ir estudar no Japão ou nos Estados Unidos da América (…) isso é outro problema, são contas de outro rosário”.
“Aí a câmara não tem que apoiar, mas ninguém, aqui na ilha, diz que não estudou porque a câmara não apoiou. A maior parte das pessoas que estão a ser beneficiadas nesse programa de apoio à formação, a todos os níveis, são mulheres”, salientou, exteriorizando que a câmara tem feito um “esforço enorme, apesar das dificuldades”, para “triplicar o apoio financeiro” àqueles que estão a estudar.
Considerando a importância da formação a todos os níveis, desde o pré-escolar ao ensino superior, Júlio Lopes acentuou, ainda, que a câmara que dirige “triplicou”, também, a oferta no pré-escolar, investindo em “vários jardins infantis e outras infra-estruturas de acolhimento de crianças”.
“Nesta câmara municipal temos sido consequentes (…), no quadro da nossa visão traçamos claramente qual é a nossa prioridade, e as acções implementadas e a implementar vão nesse sentido, pois a nossa visão são as pessoas, as famílias e as comunidades”, reiterou o autarca.