Praia, 02 Abr (Inforpress) – A escritora de livros infanto-juvenil Natacha Magalhães considerou hoje que apesar do empenho do Governo e outras instituições ainda se verifica pouco esforço para tornar o livro mais acessível às crianças.
Em declarações à Inforpress, no âmbito do Dia Internacional do Livro Infantil, a escritora e jornalista enalteceu o esforço que vem sendo feito pelo Ministério da Cultura, o Ministério da Educação, iniciativas particulares, escritores e instituições no sentido de promover a leitura no seio dos mais pequeninos.
Apesar disso, realçou, a sua preocupação vai no sentido de que há pouco esforço ainda para tornar o livro mais acessível às crianças. Isto é, a seu ver, falta criar condições para que haja uma ligação entre o livro e a criança, e essa ligação, sublinhou, deve ser criada pelos animadores da leitura.
“Não basta só termos livros, colocá-las nas escolas e nas bibliotecas, temos que ter também pessoas preparadas e formadas para criar essa ligação entre a criança e o livro. Tem que ser pessoas que sejam capazes de trabalhar os livros, juntamente com as crianças, mas de uma forma divertida, lúdica para que elas possam ficar presas ao livro e ter esse gosto e prazer pela leitura”, enfatizou.
Conforme disse, no pré-escolar e no ensino básico há alguma actividade para incentivar a leitura através de livros de estórias, mas já na fase dos 11 e 12 anos, isto é, na pré-adolescência “há todo um vazio até à idade adulta”.
Para a escritora, nessa faixa etária é preciso criar mais incentivo, mais actividades, mais promoção da leitura, e as “escolas são chamadas a cumprir esse papel”, pois, é uma idade em que os alunos focam mais nas tecnologias de informação e comunicação, em vez da leitura.
A mesma fonte acredita que o concurso de leitura realizado nas escolas e o Plano Nacional da Leitura vão contribuir ainda mais para esse processo de incentivo à leitura.