Cidade da Praia, 24 Mar (Inforpress) – O autor do livro “A ‘Democracia’ Nacional Revolucionária – O Projecto Totalitário do PAIGC/CV, Cabo Verde 1975-1990”, José Tomáz Veiga, deu terça-feira à estampa a obra que pretende fundamentar a “dita democracia que existia naquele tempo”.
A mensagem foi transmitida terça-feira à comunicação social, pelo próprio autor, à margem da apresentação da obra, que aconteceu na Biblioteca Nacional, na Cidade da Praia.
Conforme explicou o autor, este livro vai ajudar a esclarecer a democracia do período de 1975 a 1990 que tem sido “obsclarecido” e vai dar contributo para ajudar a compreender melhor a realidade daquela época.
“A tese principal do livro é que nesse período vigorou em Cabo Verde um regime totalitário”, afirmou.
José Tomaz Veiga assegurou que naquela época havia cinco elementos que caracterizavam um fenómeno regime totalitário, nomeadamente o partido único, a transformação do partido único em ideologia oficial do Estado, a estatização social da comunicação social, a polícia política e a estatização da economia.
“Do meu ponto de vista não existiu nenhuma democracia naquela época, portanto o meu livro procura fundamentar o que realmente existia, com base no conhecimento, dos ditos e escritos do regime desse tempo”, observou.
Nesta linha, explicou que decidiu escrever este livro, porque encontrou nos manuais escolares algumas informações da época “totalmente falsas”.
“É preciso não denegrir o passado mas também não embelezá-lo, mas sim aceitá-lo exactamente como ele foi, porque é parte da nossa história”, argumentou.
José Tomaz Veiga garantiu que é “pura coincidência” estar a publicar o livro em véspera da campanha eleitoral para as eleições legislativas, esclarecendo que começou a escreve-lo na época da quarentena, devido à covid-19, mais concretamente no mês de Junho de 2020 e terminou no mês de Fevereiro do ano em curso.