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“A dimensão do nosso mar coloca grandes desafios à preservação do património subaquático” – presidente do IPC


  15 Mai      30        Environnement/Eaux/Forêts (6388),

 

Cidade da Praia, 15 Mai (Inforpress) – A presidente do IPC afirmou hoje que a dimensão do mar de Cabo Verde coloca o País perante “grandes desafios” à preservação do património subaquático, admitindo que “grandes naufrágios” nos mares do arquipélago estão ainda por identificar.

Samira Baessa disse à Inforpress que o Instituto do Património Cultural (IPC) sabe que existem empresas/entidades de mergulhos que praticam actividades nas águas cabo-verdianas e que o património acaba por estar “bastante vulnerável” às pilhagens e roubos, mas que o projecto “Margullar” poderá criar novos mecanismos para a potencialização deste património.

É que o projecto em curso, segundo afiançou, prevê a criação de parques arqueológicos subaquáticos através do qual as empresas e as entidades de mergulhos poderão praticar as suas actividades, mas mediante o respeito pelos princípios da própria Convenção do Património Subaquático, no contexto turístico, sem se mexer nos artefactos depositados no fundo do mar.

“A fiscalização está reforçada porque a Polícia Marítima está a fazer o seu trabalho. A Guarda Costeira também faz o seu trabalho. Sabemos que há muito pouco tempo houve denúncia que foi feita por parte da comunidade pesqueira da ilha do Maio, há uma consciencialização muito maior do que aquilo que havia até a década de 2011 sobre esta questão”, garantiu.

Disse que a própria população acaba por estar mais preocupada em relação às riquezas das suas localidades, sustentando que, na Boa Vista, o IPC já realizou duas acções de formação e de sensibilização com a comunidade e que se percebe que a população está ávida em fazer denúncias em caso de pilhagem deste património arqueológico.

“Cada vez mais vamos ampliando esta sensibilização, este conhecimento de que a riqueza que existe em Cabo Verde é um património dos cabo-verdianos, portanto não pode ser roubado, não pode ser pilhado e acreditamos que com a criação dos parques arqueológicos subaquáticos esta consciência vai aumentar e vamos, definitivamente, caminhar para a valorização plena do nosso património arqueológico”, sustento Samira Baessa.

O IPC deu início hoje, no Arquivo Nacional de Cabo Verde, a um do curso de arqueologia subaquática no âmbito do projecto “Margullar II”, financiado pela União Europeia em 110 mil euros, visando a valorização e a salvaguarda do património subaquático.

Em Novembro de 2021, os pescadores da ilha do Maio denunciaram que mergulhadores nacionais e estrangeiros estariam a destruir e a pilhar património subaquático de Cabo Verde, de forma ilegal, com investidas num galeão do século XVII submerso na ilha, denotando a vulnerabilidades dos mares do arquipélago e da própria fiscalização.

Estas relíquias, não obstante serem embarcações estrangeiras que durante algum tempo da história da humanidade aportaram Cabo Verde, afiguram-se como património de Cabo Verde com importância no contexto histórico mundial, no campo do turismo e na sensibilização das comunidades costeiras.

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