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Acesso ao Financiamento: Cabo Verde defende urgência na adopção do índice de vulnerabilidade multidimensional


  14 Juillet      66        Economie (20953),

 

Cidade da Praia, 14 Jul (Inforpress) – Cabo Verde defendeu terça-feira, no Fórum de Alto Nível sobre Desenvolvimento Sustentável, a decorrer em Nova Iorque, a urgência na adopção do índice de vulnerabilidade para classificar os países no que tange ao acesso a financiamento.
O posicionamento de Cabo Verde foi apresentado pelo vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças, Olavo Correia, que, através de videoconferência, a partir da capital cabo-verdiana, reclamou um apoio especial da comunidade internacional aos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento (SIDS – sigla inglesa) de que Cabo Verde faz parte.
“Com o surgimento da pandemia da covid-19, mais do que nunca ficou claro que o modelo seguido até hoje, baseado no rendimento médio per capita, para classificar os países no que tange ao acesso ao financiamento não é modelo mais correcto”, sustentou.
“Fica claro assim, porque a adopção de um índice de vulnerabilidade multidimensional se afigura de maior justeza para os pequenos países insulares menos desenvolvidos. Para além de justo é urgente, sobretudo, agora no contexto da pandemia”, acrescentou.
Olavo Correia argumentou que Cabo Verde estava num percurso de dinâmica económica exemplar até finais de 2019, crescendo muito acima da média regional africana e com impactos económicos e sociais visíveis em todo o território nacional.
“Com o surgimento da pandemia passamos a ser o país com uma das maiores recessões a nível mundial (menos 14% em 2020), justificando, neste caso, que os SIDS foram os países mais impactados pela pandemia da covid-19”, disse salientando ainda que entre os SIDS Cabo Verde foi dos mais impactados.
Por isso mesmo, considera que, perante as vulnerabilidades económicas sociais e ambientais dos SIDS, é necessário que outros indicadores, para além do PIB per capita, possam ser considerados na avaliação para acesso ao financiamento.
“Cabo Verde hoje é considerado país de rendimento médio em função do seu PIB per capita, mas continua a ter vários desafios. E esse acesso ao financiamento marcado pelo facto de Cabo Verde ser rendimento médio coloca restrições, coloca condições mais restritivas e mais peso para o futuro de Cabo Verde”, advogou.
Neste sentido, adiantou, juntamente com outros pequenos países insulares, as autoridades cabo-verdianas estão a colocar para o debate o facto dos SIDS serem os países mais impactados pela pandemia de covid-19 e que, para fazer face a essa situação, os países, de forma particular, Cabo Verde, precisam de financiamento.
“E esse financiamento devem ser aportados em termos de volume, mas também em termos de condições para que os nossos países possam ter meios para poder investir nos sectores que são fundamentais para a construção de um futuro melhor, na promoção da inclusão e construção de um país mais resiliente e uma economia mais diversificada”, defendeu.
Olavo Correia frisou que os SIDS são polos de inovações como provas mostram que ao transformar as vulnerabilidades únicas em oportunidades as parcerias estratégicas podem apoiar os SIDS a liderar soluções inovadoras e acelerar o desenvolvimento sustentável.
“Nesse momento crucial do percurso dos SIDS, as autoridades cabo-verdianos consideram essencial o seu reconhecimento como um grupo especial e um grupo único e merecedor de um apoio particular da comunidade internacional. Precisamos de compromisso do tipo plano Marshall para com os SIDS”, realçou.
O fórum contou com a intervenção de todos os representantes dos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento.
O vice-primeiro-ministro reiterou todo o engajamento e compromisso de Cabo Verde no âmbito do secretariado global, para trabalhar juntamente com as Nações Unidas e outros SIDS para que esse índice de vulnerabilidade multidimensional possa ser avaliado e considerado.
O Fórum de Alto Nível sobre o Desenvolvimento Sustentável é a plataforma central das Nações Unidas para o acompanhamento e revisão da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e seus 17 Objectivos de Desenvolvimento Sustentado (ODS).

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