Bissau, 17 set 24 (ANG) – O Governo e Programa das Nações Unidas PNUD assinam ,hoje um protocolo de acordo para implementação do Projecto de Reforço dos Sistemas de Informação Climática e de Alerta Precoce para o Desenvolvimento Resiliente ao Clima e Adaptação às Alterações Climáticas na Guiné-Bissau.
Da parte guineense assinou o documento o ministro do Ambiente, da Biodiversidade e Ação Climática, Viriato Luís Soares Cassamá e pelo PNUD assinou o representante da instituição, em Bissau, Alessandra Casazza .
O Projeto será executado pelo Ministério do Ambiente, Biodiversidade e Ação Climática em colaboração com o Instituto Nacional de Meteorologia e a Direção Geral dos Recursos Hídricos, com assistência técnica do PNUD.
Na ocasião o Ministro do Ambiente, Biodiversidade e Ação Climática,disse que as alterações climáticas representam um grande desafio para a economia, a geografia e os assentamentos na Guiné-Bissau, uma vez que ameaçam os meios de subsistência daqueles que dependem dos recursos naturais para a sua sobrevivência.
Viriato Luís Soares Cassamá disse que a monitorização das alterações climáticas hidrometeorológicos é fundamental para o desenvolvimento de medidas de adaptação adequadas, para a redução dos seus impactos, através de um plano resiliente às alterações climáticas e de medidas de preparação para catástrofes.
Afirmou que o Projeto permitirá à Guiné-Bissau gerir melhor os desafios relacionados com o clima, que prejudicam o crescimento económico e o desenvolvimento, com uma série de desafios,incluindo as necessidades de aumentar a capacidade dos serviços e redes hidrometeorológicas para prever eventos climáticos e riscos associados.
Viriato Cassamá afirmou que o projeto visa reforçar as capacidades de monitorização do clima, sistemas de alerta precoce e informações para responder à choques climáticos e planear a adaptação às alterações climáticas na Guiné-Bissau através de três principais componentes.
Para o representante do PNUD, Alessandra Casazza o ato representa um marco significativo dos esforços coletivos para enfrentar os desafios críticos resultantes das alterações climáticas,tidas como um dos maiores desafios globais da atualidade, com impactos graves em países como a Guiné- Bissau, onde a população depende fortemente dos recursos naturais para sua subsistência.
Afirmou que a vulnerabilidade do pais é acentuada pela relação estreita entre as atividades como a agricultura e a pesca, e os ecossistemas, tornando os efeitos das mudanças climáticas ainda mais devastadores para as comunidades locais.
Casazza referiu que a subida do nível do mar, os eventos climáticos extremos e as condições climáticas imprevisíveis ameaçam, não só a economia, mas também o bem-estar das comunidades em todo o país, razão pela qual deve haver uma resposta robusta à estes desafios.
“A cerimónia marca um passo crucial para alcançar a resiliência às alterações climáticas”, disse.
Alessandra Casazza declarou que o PNUD está determinado a apoiar o Governo da Guiné-Bissau para fazer face aos efeitos das alterações climáticas mas alerta que o sucesso projeto dependera da participação ativa de todas as partes interessadas, incluindo as comunidades locais, a sociedade civil e o setor privado, “para garantir que os riscos climáticos se transformassem em oportunidades de inovação, adaptação e crescimento amanhã”.
O Projeto é financiado num montante de 6.600.000 de dólares pelo Fundo Global do Ambiente(GEF), através do Fundo dos Países Menos Avançados (LDCF), para um período de cinco anos(2024-2029).