Bissau, 16 Abr 24 (ANG) – A ONG “Tiniguena” (Esta Terra é Nossa), iniciou hoje um ateliê de dois dias, para a capacitação das mulheres sobre os direitos à terra, e assim como dos recursos naturais.
Ao presidir a cerimónia de abertura do referido ateliê, o Diretor Executivo da ONG “Tiniguena” Miguel de Barros disse que as mulheres representam o maior número das pessoas que trabalham no campo agrícola, acrescentando por outro lado que os beneficios das suas produtividades, são inferiores em relação aos homens.
“Sendo assim, pretendemos com este projeto denominado Reforço da Igualidade de Género Através da Agroecologia (EGALE-AO), capacitar as mulheres, para estarem a altura de poder competir com os homens, igualmente reclamar os seus direitos, dentro das comunidades que se encontram”, alerta Miguel de Barros.
Segundo o Diretor Executivo de Tiniguena, o mesmo ateliê serve para capacitar a comunidade, em como valorizar tudo que é natural e não artificial.
“Estou a vos alertar que trabalhar com as sementeiras que produzem, é melhor que as sementes artificiais, porque as artificiais enfraquecem o solo, e isso tem as suas futuras consequências, para a comunidade”, alertou de Barros.
No que tem a ver com as cortes clandestinas das matas, o Diretor Executivo de Tiniguena apela o fim da prática, ilustrando que as matas são os sustentos das comunidades, uma vez que nela é que sai comida, e remédios tradicionais para a própria comunidade.
De igual modo, a Coordenadora do referido projeto Ruguiato Baldé descreveu que o mesmo projeto abrange Senegal, Togo, e Burkina-Faso, e conta com a durabilidade de cinco anos.
De acordo com as suas explicações, é um projeto que está a trabalhar junto das comunidades, com o objetivo de fazer com que as mulheres gozam das mesmas oportunidade com os homens.
“O mesmo projeto visa capacitar as mulheres no campo, para saber como aproveitar tudo que a natureza lhe oferece, e como transformar para o seu próprio benefício”, sustenta a Coordenadora