Cidade da Praia, 11 Jul (Inforpress) – O Ministério da Agricultura anunciou hoje que as previsões apontam para probabilidades de chuvas normais com tendência à excedentárias para o primeiro trimestre, e chuvas normais ou em torno da normal climatológica, para o segundo trimestre.
Estas informações foram avançadas hoje pela directora-geral da Agricultura, Silvicultura e Pecuária, Ineida Rodrigues, que perspectivou que tudo aponta para um ano lluviométrico melhor do que o ano passado.
“Até porque este ano estivemos a três semanas algumas pluviometrias, portanto, o clima também está a mostrar que este ano poderá ser melhor do que pelos menos os cinco últimos anos”, concretizou.
Com o objectivo de informar sobre a preparação da campanha agrícola para o período 2022-2023, adiantou, em conferência de imprensa, que a preparação começou, como tradicionalmente, no início do ano, com o balanço da implementação da campanha fitossanitária de 2021-2022 e quantificação das necessidades para a de 2022-2023.
Segundo esta responsável, a previsão de consenso das características agro-hidroclimáticas para a zona sudano-saheliana apontam para uma estação em geral húmida no período de Junho e Setembro.
“Em geral, para todo o arquipélago, a previsão nacional e a do consenso apontam para probabilidades de chuvas normais com tendência à excedentárias para o primeiro trimestre Junho-Julho-Agosto, e chuvas normais ou em torno da normal climatológica, para o segundo trimestre Julho-Agosto-Setembro”, afirmou.
Por outro lado, prosseguiu, verifica-se tendência para o início de estação ser normal a precoce (meados de Julho), o fim da estação ser tardio (meados de Outubro) e as sequências da seca serem curtas.
“É importante realçar que esta previsão não descarta a probabilidade de ocorrência de eventos extremos como chuva intensa, depressões tropicais, ventos fortes e agitação marítima, que podem atingir todo ou parte do arquipélago, com intensidades variadas”, acrescentou.
Quanto à disponibilidade de sementes, o Ministério da Agricultura considerou que muitos produtores dispõem de sementes das principais espécies cultivadas no sequeiro, nomeadamente milho, feijão pedra, feijão bongolon, feijão sapatinho e feijão congo, e que estas estejam disponíveis no mercado nacional tendo em conta a produção da campanha anterior.
No entanto, a directora da Agricultura reconheceu que em concelhos como Ribeira Grande de Santiago, Porto Novo e grande parte da Ribeira Grande, em Santo Antão, a disponibilidade é fraca, ajuntando que as mesmas podem sempre ser adquiridas junto de fornecedores de outros concelhos.
“Dos levantamentos feitos pelas Delegações junto dos produtores a nível nacional, conseguiu-se apurar que estão disponíveis para venda 36.440 litros de sementes de milho, 2.583 de feijão pedra, 3.782 de bongolon, 520 feijão sapatinha e 995 de feijão congo, 1.403 de feijão fava e 447 de mancarra”, indicou.
Entretanto, tendo em consideração a falta de sementes e visando apoiar os criadores que vêm sofrendo com sucessivas secas e aumento dos preços dos produtos, informou que o Ministério está no processo de aquisição de sementes de sequeiro nos produtores locais, que serão colocados a preços promocionais.
Ineida Rodrigues disse ainda, outro lado, que se está igualmente no processo de importação de sementes para complementar as da produção nacional com chegada prevista para final deste mês, avançando que o custo alocado à campanha agrícola 2022-23, é de 64,908,627$00, integralmente suportado pelo orçamento do Ministério da Agricultura e Ambiente.