MAP L’Angola et le Mozambique sur la liste des pays les plus affectés par le paludisme MAP La politique africaine du Maroc mise en avant au Sénat canadien ANP Le Chef de l’Etat s’entretient avec l’Ambassadeur des Émirats Arabes Unis au Niger MAP Le Chef du Gouvernement s’entretient avec la Présidente de l’Assemblée nationale française MAP Mondial-2030, une reconnaissance internationale de l’excellence du Maroc en matière de diplomatie sportive (Nawal El Moutawakel)) AIP Côte d’Ivoire: Plus de quatre millions de personnes ont bénéficié d’une évaluation nutritionnelle en 2024 MAP Le Mondial-2030, un voyage dans la culture, le patrimoine et l’histoire ancestrale du Maroc (Aziz Daouda) MAP Le Maroc co-organisateur du Mondial-2030, le fruit d’un travail énorme et de longue haleine (Said Belkhayat) AIP Côte d’Ivoire: Lancement de l’initiative « Grand rattrapage » pour vacciner les enfants non vaccinés entre 2020 et 2023 AIP Côte d’Ivoire: La 1ère édition des journées du numérique consacrée à la collaboration secteur privé-publique pour la digitalisation de l’administration

Ano Judicial: PR apela entendimento alargado entre as forças políticas para construção de um pacto de regime na Justiça


  5 Novembre      4        Politique (27254),

 

Praia, 05 Nov (Inforpress) – O Presidente da República, José Maria Neves, apelou hoje, na cidade da Praia, a um entendimento alargado entre as forças políticas para a construção de um pacto de regime para o sector da Justiça.
José Maria Neves fez este apelo durante a cerimónia de abertura do ano judicial 2024/2025, realçando a importância da Justiça para o Estado de Direito Democrático.
« Pela sua importância para o Estado de Direito Democrático, torna-se imprescindível um alargado entendimento entre as forças políticas, envolvendo todos os atores relevantes, designadamente os servidores, visando a construção de um pacto de regime para o sector da justiça », precisou.
José Maria Neves lembrou que em 2010, foi possível um amplo consenso entre os partidos políticos para a revisão constitucional, com especial incidência para o sector da Justiça.
Esse consenso, referiu, abriu caminho para a modernização da gestão das magistraturas, a reorganização dos tribunais e a amplas reformas legislativas e organizacionais, visando uma melhor justiça, mais célere, mais equitativa e mais oportuna.
« A instalação do Tribunal Constitucional, a criação dos Tribunais de Relação e a autonomização do Conselho Superior da Magistratura Judicial trouxeram, com o tempo, ganhos importantes com impactos positivos em todo o sistema de justiça », frisou.
Por outro lado, avançou que os relatórios dos Conselhos Superiores da Magistratura Judicial e do Ministério Público apontam, globalmente, « alguns ganhos », ainda que, observou, com desempenhos muito diferenciado, na redução das pendências e no combate à morosidade.
“É muito importante continuar esse esforço a todos os níveis, com aumento de meios, melhorias da organização e gestão e do desempenho e produtividade individual e geral », aconselhou José Maria Neves, considerando que os recursos são fundamentais nesse processo.
« Mas temos de ter consciência de que eles não são ilimitados e que muitas das mudanças, inovações e respostas dependem sobretudo dos valores, das atitudes e do desempenho de cada um », ressalvou, indicando que esses investimentos têm que ser em recursos humanos, meios financeiros, leis, estruturas organizacionais, instalações e equipamentos.
Por isso, o mais alto magistrado da nação defendeu que os investimentos na justiça são essenciais para a remoção dos obstáculos que ainda persistem e constrangem todo o sistema.
« O funcionamento de qualquer sistema sociotécnico aberto como é o caso da justiça depende, em muito, dos hábitos mentais, das normas e regras, das atitudes e das interações entre os principais stakeholders », acrescentou.
Durante o seu discurso, José Maria Neves destacou a criação do Instituto da Modernização e Inovação da Justiça (IMIJ, I.P.), do Portal da Justiça e de plataformas digitais como o Sistema de Informação da Justiça (SIJ), o Sistema de Informação e Gestão Prisional (SIGP), o Sistema de Informação Eleitoral (SIE), os sistemas de videoconferência e de vigilância electrónica.
No entanto, disse esperar a implementação efectiva desses serviços, para garantir processos transformacionais a nível da justiça, melhor integração e articulação de serviços, tramitação eletrónica de processos, permitindo mais celeridade, mais transparência e melhor acessibilidade e prestação de serviços finais de qualidade aos cidadãos.
« Realço ainda a implementação em curso dos mecanismos de mediação e resolução de conflitos. Que sejam executados com sucesso, proporcionando, desse modo, alternativas para a resolução de conflitos », ajustou.
Neste particular, o chefe de Estado exortou a criação de mecanismos institucionais para a prevenção e resolução de conflitos nas comunidades, mobilizando pessoas idóneas e sábias para a reinvenção de ambientes comunitários de amizade social e de não violência.
« A criação de Conselhos da Paz nas comunidades e a atribuição à Polícia Nacional de competências para resolver pequenos conflitos contribuiriam, sobremaneira, para reduzir a quantidade de processos junto dos tribunais tradicionais », observou.
Para concluir, disse esperar que as iniciativas legislativas em curso na Assembleia Nacional sejam aprovadas o mais rapidamente possível, de modo a criar um ambiente legal que garanta uma melhor adequação do sistema às demandas e exigências dos tempos actuais.
 » Referi-mo, designadamente, à Lei de Organização Judiciária, que redefine a competência dos tribunais e prevê a criação de Juízos de Instrução e Administrativos, a Lei de Inspecção dos Tribunais e do Ministério Público, a Lei dos Estatutos dos Magistrados e a Lei Orgânica do Conselho Superior da Magistratura Judicial », detalhou.

Dans la même catégorie