Cidade da Praia, 12 Dez (Inforpress) – O antigo primeiro-ministro Carlos Veiga defendeu esta segunda-feira, uma nova revisão constitucional, considerando que deve haver moderação e tolerância para o crescimento do país.
“É preciso que todos nós trabalhemos para que tudo corra sempre melhor, para que as reformas possam se fazer e para que o prestígio de Cabo Verde e da nossa democracia continua a ser suportado pelos cabo-verdianos e por todos nós que participamos nesta gesta que é uma gesta da cabo-verdianidade”, afirmou.
Em declarações à imprensa, na cidade da Praia, após ser recebido pelo Presidente José Maria Neves, Carlos Veiga lembrou que no dia das eleições felicitou o Presidente da República pela vitória e colocou-se à disposição daquilo que o Presidente entendesse que poderia ser útil, pelo que assegurou não ter “problema nenhum” em trabalhar para que o país “corra sempre bem e cada vez melhor”.
Questionado pelos jornalistas sobre a coabitação entre o Presidente e o Governo, o antigo primeiro-ministro disse entender que tem que haver “moderação e tolerância” de todas as partes para que o país possa progredir, e que é preciso uma outra revisão constitucional.
“Eu penso que todas as vozes que possam moderar essa crispação são bem-vindas. Portanto, não tenho problema nenhum em falar nisso, se for necessário, em conversar com pessoas, com o povo cabo-verdiano”, proferiu, considerando que é preciso também que se cria às vezes soluções que podem não estar escritas, mas que favorecem um bom diálogo.
Ainda sobre o encontro, o chefe do Estado destacou que a política não é uma relação de amigo/ inimigo, mas sim, há adversários políticos e há pessoas que pensam de forma diferente, exortando à valorização da pluralidade de opiniões existentes na sociedade.
José Maria Neves frisou ainda que é preciso criar as condições para se fazer um debate político elevado em Cabo Verde, no sentido de se prestar atenção às questões institucionais, que “tem havido alguma degradação nos últimos anos”.
O Presidente da República advogou também a necessidade de prestar atenção ao debate de questões políticas importantes e que têm a ver com a vida dos cabo-verdianos, como o desemprego, a segurança o aumento de custo de vida, a pobreza, desigualdades, que, a seu ver, devem merecer a atenção dos políticos e da política.