Cidade da Praia, 15 Mai (Inforpress) – A Agência Reguladora Multissectorial da Economia (ARME) exortou hoje os estados membros da CEDEAO a uma “colaboração contínua” face à integração digital e “utilização eficaz” dos recursos tecnológicos disponíveis para impulsionar o desenvolvimento sustentável na África Ocidental.
O administrador da ARME, João Tomar, falava no acto de abertura da Reunião Anual do Observatório Estatístico da CEDEAO das Telecomunicaçõe e Postais (ECODOB), organizada pela CEDEAO, a que presidiu num dos hotéis da cidade.
O evento, que durante dois dias reúne representantes dos estados membros da região ocidental africana, nomeadamente Nigéria, Senegal, Serra Leoa, Togo, Guiné-Bissau, Guiné-Conacri, Gana, Libéria, Côte d’Ivoire, Gâmbia, Berlim e Cabo Verde, visa validar o Relatório dos Indicadores das Telecomunicações e os indicadores nacionais e regionais do sector postal, referentes ao ano 2023.
O Observatório Digital da CEDEAO (ECODOB) é um Sistema de Gestão e Informação para Telecomunicações/TIC, utilizado para acompanhar o desenvolvimento, tendências e desempenho do sector das telecomunicações na África Ocidental para apoiar o estabelecimento de um mercado digital único na região.
Segundo João Tomar, para quem é “uma honra” o país acolher esta “importante reunião” da CEDEAO, o ECODOB trata-se de uma “ferramenta importante” porque, conforme sublinhou, ajuda a encontrar o caminho para o estabelecimento do mercado digital único na África Ocidental.
“Que é uma prioridade. O nosso compromisso para a construção deste mercado digital é claro e inabalável. Reconhecemos que a sua realização está intrinsecamente ligada à nossa capacidade de enfrentar o desafio da disponibilidade de dados estatísticos e sua relevância”, salientou aquele responsável.
Por isso, acrescentou que a ECODOB se torna numa “peça central” fornecendo indicadores específicos que garantem a disponibilidade e acessibilidade ao sector das telecomunicações e das TIC nas sub-região, em que os dados são uma base que permitem tomar “decisões informadas”.
“Que moldam o futuro das nossas comunicações e indústrias das TIC. São comerciais não apenas para os governos, mas também para atrair investimentos no sector privado e parcerias de desenvolvimento para a nossa região”, esclareceu.
Explicou, por outro lado, que o ECODOB não se limita apenas aos indicadores sobre telecomunicações e das TIC, mas abrange uma gama diversificada de indicadores que reflectem a transformação digital em curso, desde indicadores cibernéticos até indicadores de serviços postais, sublinhando que a plataforma está projectada para ser um reflexo abrangente no panorama digital em evolução na região.
“No entanto, para que o ECODOB seja verdadeiramente eficaz, dependemos da colaboração contínua e do compromisso dos estados membros. A fiabilidade nesta plataforma exige actualizações frequentes, com informações precisas e oportunas”, reiterou.
“Portanto, exorto a todos a se unirem em nosso compromisso, compartilhá-lo com a integração digital e a utilização eficaz dos recursos tecnológicos disponíveis para impulsionar o desenvolvimento sustentável em toda a África Ocidental”, finalizou, augurando, nesta jornada de dois dias, “contributos valiosos” que permitam afinar ao nível de cada país.