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Banco Mundial quer trabalhar com Governo na busca parcerias para atrair investimentos no mundo do digital


  13 Juillet      48        Economie (22978),

 

Cidade da Praia, 13 Jul (Inforpress) – O Banco Mundial aventou hoje a possibilidade de trabalhar com o Governo para incentivar parcerias, visando potencializar a mobilização do sector público e atrair capitais dos privados, face à boa aposta do País na economia digital.
Esta posição foi expressa à imprensa pelo director executivo do Banco Mundial, Abdoul Salam Bello, na sequência da sua visita às instalações do Data Center, em Achada Grande Frente, onde disse ter ficado muito impressionado com a dinâmica da rede do Estado em matéria de digitalização e dos investimentos preconizados em matéria da liderança.
Abdoul Salam Bello enalteceu a evolução de Cabo Verde na área da economia digital e transformação e ressaltou a importância de o Governo injectar mais de 100 milhões de dólares em investimento na economia digital nos últimos três anos.
O banco mundial por sua vez, referiu, já vem trabalhando muito bem em suportar economicamente o Governo neste projecto e também tem um programa importante denominado “Digital Economy for Africa” (Economia Digital para África).
“Acreditamos que estas são as estratégias que podem realmente alavancar os futuros investimentos e incentivar o Governo a continuar o excelente trabalho que já tem feito na transformação da economia pelo uso da digitalização. Eu acredito que isto é um bom caso de ilustração para ser promovido e replicado nos outros países da África”, salientou.
Apostar na digitalização hoje em dia, frisou, afigura-se como uma das melhores oportunidades para aliciar investimentos para uma boa governação, de modo a fazer com que os diferentes sectores sejam eficientes para o benefício da população.
Abdoul Salam Bello disse que Cabo Verde, dada a sua bela posição estratégica e geográfica, na encruzilhada do Atlântico e na Costa Ocidental de África, permite ao País criar oportunidade de interagir com mercados e com o comércio da África ocidental.
Vendo também Cabo Verde como parte da comunidade lusófona, considerou que os países integrantes têm um potencial mercantil que abrange, pelo menos, 700 milhões de pessoas, razão pela qual vincou a possibilidade, juntamente com as autoridades nacionais, de mobilizar recursos adicionais não só no sector público.
A este propósito, revelou que o Banco Mundial vê com optimismo a aposta governamental na área da digitalização e que muitos projectos beneficiarão dos seus programas direccionados para a África, por força da excelente capacidade do executivo em transformar a economia digital.
Enquanto isto, o secretário de Estado da Economia Digital, Pedro Lopes, que se fez acompanhar do director executivo do Banco Mundial nesta visita ao parque tecnológico do NOSi, referiu que Cabo Verde tem mostrado ao mundo que o digital representa um sector estratégico para o desenvolvimento do País e que quer contar com parceiros certos como o Banco Mundial.
“Andamos também nesta caminhada de mobilizar financiamentos, de atrair investimentos directos estrangeiros. Juntamos com grandes grupos empresariais do sector privado para construir este “hub-digital” para servir o continente africano”, salientou o governante, para quem Cabo Verde quer tornar-se numa referência do digital.
Nesta perspectiva, afiançou que o País tem estado a investir na conectividade e, acima de tudo, nas pessoas, sobretudo jovens e massa crítica, visando a criação do desenvolvimento através do digital, com a ajuda de parceiros como o Banco Mundial e outros bancos de investimento, assim como os sectores privados e as empresas nacionais e internacionais.
Quanto ao Parque Tecnológico, na sua fase final de construção, avançou que já nos próximos meses o edifício vai começar a ser ocupado por algumas empresas e que o Governo já está a preparar uma abertura com dimensão, para trazer empresas relevantes nesta área e parceiros importantes para mostrar aquilo que se quer fazer.
“Acredito que teremos uma abertura nos próximos meses, nacional, e depois, no próximo ano faremos uma abertura internacional com uma relevância e dignidade”, esclareceu Pedro Lopes.

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