Nova Sintra, 01 Mar (Inforpress) – A presidente Associação Comunitária Bons Amigos de Fajã d´Água, Helena Baptista, realçou hoje que a falta de um arrastador na localidade está a comprometer o sustento e o ganha-pão dos moradores.
Em declarações à imprensa, a porta-voz da comunidade contou que na zona enfrentam diversas dificuldades, principalmente no que tange ao trabalho.
Pois, conforme informou, o único meio de sustento é através do mar e algumas pessoas que ainda se dedicam à prática da agricultura, sendo esta em mais pouca percentagem.
Entretanto, mesmo labutando por meios próprios para se sustentarem, a mesma fonte realçou que a pesca está a ser ameaçada por falta de um arrastador, exemplificando que caso um pescador sair para o mar ao regressar à terra se estiver sozinho não consegue tirar o seu bote da água.
“Antigamente tínhamos uma rampa, e na altura colocávamos os botes na estrada, mas o mar acabou por arrebentá-la e agora já não temos nada”, disse Helena Baptista, realçando que já pediram apoios nas diversas instituições da ilha, mas que até então não obtiveram uma resposta concreta.
Até porque, destacou que havia um projecto para a construção de um arrastador na zona, que depois não se soube e nem sabem o rumo que tomou.
Já agora, informou que há um projecto que a câmara municipal elaborou para a construção de um arrastador, mas que até então não se sabe em que pé se encontra, apelando para a celeridade do projecto, pois a falta do mesmo está a ameaçar o ganha-pão dos poucos moradores que ainda resistem à migração para outras localidades da ilha.
Para evitar tal situação, Helena Baptista clama pela celeridade do projecto, evidenciando que não necessitam de um arrastador de grande dimensão, porque a comunidade está a diminuir pouco a pouco, mas sim que seja criado o mínimo de condições para colocarem os seus botes em lugar seguro sem correr o risco de quebrá-lo ou ser levado pelo mar.
A associação também possuía um projecto para a abertura de uma loja de equipamentos e materiais de pesca e agricultura, mas tal não adiantou por causa de algumas controvérsias no seio dos membros da associação, levando com que todo o projecto caísse por água abaixo.
Mas, conforme revelou esta dirigente, a associação vai ter que trabalhar e lutar para a sua própria reactivação, iniciando por uma nova eleição, porque a zona é pequena e se não for feito esforço nada será possível, portanto “é preciso unir esforços para procurar algo e garantir o dia-a-dia e o sustento dos filhos que na maioria depende do mar”.
Contactados, os serviços na câmara municipal informaram que a construção do arrastador de botes nesta localidade não é um projecto que está previsto para ser a curto prazo, ou seja, ainda não há uma data para tal.