Nova Sintra, 10 Fev (Inforpress) – O projecto I da rede de emprego e empregabilidade da Brava, que visa a transformação, conservação e comercialização do pescado, vai entrar na fase final, que visa a sua implementação e operacionalização.
Esta informação foi avançada hoje à Inforpress pelo coordenador da Rede Local de Emprego e Empregabilidade, Mário Soares, no final de um encontro com os jovens beneficiários do projecto.
O responsável explicou que com o término do programa CVE/081, da Cooperação Luxemburguesa, que ao longo de vários anos prestou toda a assistência técnica e financeira à rede local, esta última fase destina-se a autonomia da rede e cabe a ela procurar novos parceiros para efectivação dos seus projectos e de planos de actividades.
Sendo assim, evidenciou que a Câmara Municipal da Brava tem procurado parcerias para o financiamento desta última fase e, através do Governo, foi desbloqueada uma verba que vai ser implementada nessa fase e assim beneficiar os 17 jovens e mulheres chefes de família das três principais comunidades piscatórias da Brava, Furna, Fajã d´Água e Lomba Tantum.
Esta fase vai ser assegurada pela empresa CV Quali e possui a duração de seis meses, num processo dividido em três componentes, nomeadamente a formativa, monitorização e avaliação de desempenho e a assistência técnica, com início previsto para o próximo dia 14.
Neste momento, os jovens formados vão iniciar os trabalhos em Lomba Tantum, onde vai funcionar a unidade de experiência piloto e a câmara municipal, conforme avançou o coordenador, vai fazer o acompanhamento e angariar futuros investimentos para o sector da pesca na ilha.
Esta fase tem um orçamento que ronda os 4000 contos que serão divididos para consultorias, intervenções no espaço a nível de segurança e higienização, transporte dos beneficiários das outras localidades que será suportada pela câmara municipal, entre outros aspectos.
Quanto aos jovens e mulheres beneficiários, Mário Soares relembrou que foram formados 17 jovens, no âmbito deste projecto e que estavam a aguardar a fase da concretização para a criação dos seus próprios negócios.
“É um ciclo que está a se encerrar a nível de formações, mas também a abertura de um ciclo a nível do emprego e empregabilidade e comercialização de produtos da Brava que, também, tem todas as condições para ser uma referência a nível local, nacional e que pode ser exportado para a diáspora como um produto de qualidade”, finalizou.
Da parte dos formandos, Sónia Baptista demonstrou a sua satisfação pela retoma do projecto, realçando que os membros vão reunir-se e envidar todos os esforços para colocar em prática tudo o que aprenderam, até porque já se encontravam “desanimados”, devido ao longo período de espera.
O objectivo, conforme anunciou, é produzir para o mercado bravense e exportar para as outras ilhas e, quiçá, para o exterior, afirmando que estão em condições de produzir hambúrguer, linguiça, salame, chouriço, secagem, fazer fumagem, entre outros produtos derivados de peixe.
A Rede Emprego e Empregabilidade da ilha Brava foi oficializada pela Assembleia Municipal da ilha em Janeiro de 2019, apoiada pela Cooperação Luxemburguesa, através do Programa Emprego e Empregabilidade CVE/081.