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Cabo Verde deve pautar-se por uma política externa realista, pragmática e inteligente – Presidente da República


  18 Janvier      102        Politique (25166),

 

Cidade da Praia, 18 Jan (Inforpress) – O Presidente da República, José Maria Neves, reiterou esta terça-feira na Cidade da Praia que Cabo Verde deve pautar-se por uma “política externa realista, pragmática e inteligente”, face à pandemia da covid-19 e as suas repercussões.

O Chefe do Estado fez essa afirmação ao presidir à abertura da Conferência Anual de Política Externa 2022 (CAPE 22), sobre o tema “Desafios da diplomacia cabo-verdiana face à pandemia da covid-19”, promovida pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Integração Regional, para debater temas relevantes sobre política externa nacional e a sua diplomacia, bem como temas de actualidade mundial.

Segundo José Maria Neves, o tema escolhido para a conferência anual sobre o estado da política externa cabo-verdiana “é por demais actual”, tendo em conta que para além dos “constrangimentos estruturais” restritivos ao desenvolvimento sustentável, às consequências da pandemia acrescem outras crises globais e para o futuro de Cabo Verde, demandando “soluções ousadas, urgentes e inovadoras” para construir a resiliência.

“Cabo Verde deve continuar a pautar-se por uma política externa realista, pragmática e inteligente, com capacidade de leitura, projecção e identificação dos desafios emergentes e de adopção de medidas pertinentes a cada momento”, frisou.

Na sua óptica, Cabo Verde é detentor de um “enorme capital de credibilidade e de respeito” na arena internacional e que deve poder transformar os recursos de poder potencial em poder efectivo e inteligente, associado a uma liderança visionária e transformacional.

Os atentados do 11 de Setembro, a crise financeira e económica de 2008, com réplicas em 2015 e a pandemia da covid-19 vieram, no entender do Presidente da República, aumentar a complexidade da interdependência entre os estados e demais actores, indicando que o combate à pandemia da covid-19 é, ao mesmo tempo, um combate interno de cada país e uma questão de saúde global.

“Desde a hora zero da República, como escreveu o poeta, a política externa cabo-verdiana tem-se perfilado como um instrumento estratégico ao serviço do desenvolvimento. Este é o caminho que Cabo Verde deve prosseguir, com as adaptações recomendadas pelas mudanças contextuais”, sublinhou, considerando ser “imprescindível” que o País continue a privilegiar o multilateralismo, enquanto melhor instrumento para realizar os bens globais.

Para José Maria Neves, esta crise global é igualmente oportunidade para o continente africano agir no sentido de produzir vacinas e medicamentos para fazer face a esta e a outras pandemias, “dando resposta à vergonhosa situação que é a da desigualdade na distribuição e no acesso às vacinas” e contribuir para o reforço dos sectores da Saúde e da segurança sanitária no continente africano, e quiçá, por essa via, também contribuir para uma mais rápida retoma socio-económica ao nível mundial.

“A política externa cabo-verdiana deverá continuar a pautar-se pelo reforço das relações com países irmãos e vizinhos, através de uma política de forte vizinhança, designadamente em direcção à CEDEAO e Estados que a integram, bem como em relação a outros países, nem tão vizinhos assim, tudo conduzindo a um alargado leque de parceiros”, acrescentou.

Na mesma linha, o Presidente da República apontou o alargamento e o reforço da parceria especial com a União Europeia como instrumento “valiosos” para o desenvolvimento e a competitividade de Cabo Verde, sem esquecer a diáspora, os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), colocando a diplomacia para a mobilidade ao serviço da diplomacia cultural e económica.

Presentes na abertura do CAPE 22, que decorre durante dois dias, estiveram o ministro dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Integração Regional, Rui Figueiredo e Silva, o ministro da Saúde, Arlindo do Rosário, a secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Miryan Vieira, os chefes de missão e de postos consulares de Cabo Verde, embaixadores e representantes das organizações internacionais acreditados em Cabo Verde e diplomatas.

O sub-secretário geral das Nações Unidas e Alto Representante para os Países Menos Avançados, Encravados e Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento, Cortenay Ratray, e o presidente da Aliança Global para as Vacinas, José Manuel Durão Barroso, participaram por vídeo-conferência.

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