Cidade da Praia, 24 Mar (Inforpress) – A Câmara do Comércio do Sotavento (CCS) denunciou terça-feira um conjunto de críticas dos operadores privados sobre o processo de importação e exportação em Cabo Verde, tendo as condições e o ambiente de negócios entre as principais reclamações.
A informação foi avançada à imprensa pelo vice-presidente da CCS, Paulo Cabral, à margem do workshop “A reforma do comércio externo e o ambiente de negócios”, que decorreu na Cidade da Praia.
Conforme explicou, a exportação em Cabo Verde “ainda não é a desejável”, apontando críticas dos privados, nomeadamente às condições para a exportação e a dificuldade no próprio ambiente de negócios.
Por outro lado, frisou que para exportar é preciso ter indústrias, produção e extração em escala e qualidade em competitividade, o que tem impacto diverso no País.
“Queremos que haja mais celeridade no processo de alfandegamento, através da análise de risco que é sobre aquilo que são um conjunto de critérios de maior ou menor risco do operador ou do produto que importa, desde da parte dos direitos, perfil, entre outros”, assinalou.
Quanto ao processo de importação, segundo o responsável a maior parte das críticas vai no sentido da celeridade e diferenciação de critérios.
Relativamente ao ambiente de negócios, indicou que os constrangimentos assentam na burocracia, nos custos elevados de água e energia, todos os factores de produção e concorrência desleal a um conjunto de sectores que “não estão devidamente regulados”.
Para o secretário de Estado das Finanças, Gilberto Barros, para melhorar a exportação e importação no País é necessário reduzir o tempo, custos e procedimentos, o que, no seu entender, ajudaria as empresas a ter liquidez e melhores condições para investir no mercado.
É nesta linha, conforme apontou, que acontece o workshop visando apresentar as reformas em curso no âmbito do comércio externo, com ênfase na análise risco centralizada, com o novo sistema de gestão e controle dos contentores em Cabo Verde.
O evento propõe também um “intenso diálogo estratégico” sobre a reforma do comércio externo e a melhoria dos indicadores do ambiente de negócios para transações transfronteiriças.