Bissau,11 Mar 21(ANG) – O Movimento para a Alternância Democrática da Guiné-Bissau (Madem-G15) condenou quarta-feira o sequestro e espancamento do bloguista e jornalista guineense Aly Silva e apelou para o respeito da liberdade de expressão no país.
« É importante relembrar a todos os intervenientes no processo de consolidação da democracia que o Madem-G15 condena com veemência o ocorrido e apela para o respeito dos direitos nobres, como liberdade de expressão e informação, direito à vida e integridade física dos cidadãos e segurança », refere, em comunicado, o partido.
O Madem-G15, segunda força política mais votada nas legislativas de 2019 na Guiné-Bissau, integra a coligação no Governo na Guiné-Bissau.
No comunicado, pede também às « instituições do Estado responsáveis pela proteção dos cidadãos » para dedicarem « os seus maiores esforços » para evitar que estes atos se repitam, « proporcionado o cumprimento das leis da República, como forma de encontrar a verdadeira concórdia nacional ».
O partido, liderado por Braima Camará, pede também ao Ministério Público para que proceda « à devida investigação para apurar responsabilidades ».
O bloguista guineense Aly Silva foi sequestrado na terça-feira, no centro de Bissau, e espancado, tendo depois sido abandonado nos arredores da cidade.
Várias organizações da sociedade civil têm denunciado diversas violações dos direitos humanos contra ativistas, políticos, deputados e jornalistas e órgãos de comunicação social.
Um dos casos mais recentes foi o de dois ativistas políticos do Movimento para a Alternância Democrática (Madem G15), segunda força política do país e que integra a coligação no Governo, que denunciaram publicamente terem sido espancados alegadamente por guardas da Presidência guineense, dentro do Palácio Presidencial, um caso a que o Ministério Público guineense ainda não deu seguimento, de acordo com a Liga dos Direitos Humanos.