Bissau, 15 nov 24 (ANG) – O ministro do Ambiente, Biodiversidade e Ação Climática disse que até 2030 a Guiné-Bissau prespectiva reduzir 30 por cento os efeitos de gás de estufa.
A intenção foi tornada pública recentemente por Viriato Luís Soares Cassamá ao fazer o balanço da participação da Guiné-Bissau na Cimeira COP29 Baku, Azerbeijão, que considerou de positiva.
Sustentou a sua afirmação com aprovação do artigo 6, ponto numero 4 do acordo de París sobre novo regime climático, relativamente aos mercados e não mercados de carbono.
Cassamá disse que, este artigo permite fazer uma transição de mecanismos de flexibilidade em termos de desenvolvimento de Energia limpa (DL).
Viriato Soares Cassamá afirmou que a Guiné-Bissau é consumidor inato dos seus carbonos através da floresta, citando um estudo feito entre 2007 e 2011, no quadro do projecto Energia Verde.
O governante referiu que nessa Cimeira, o Chefe de Estado guineense defendeu o financiamento para adapção e resiliência às alterações climáticas, porque a Guiné-Bissau é um país altamente vulnerável aos efeitos das alterações climáticas principalmente no que toca com a subida do nível da água de mar.
“A altitude media da Guiné-Bissau é de menos cinco metro do nível do mar, isto quer dizer que se haver uma subida do nível de água a maior parte do país ficará inundada”, salientou.
Para fazer face às alterações climáticas, conforme o Ministro do Ambiente, que cita o discurso do Presidente da República, é preciso um financiamento robusto e justo para os países em desenvolvimento, mas também ,ao nível interno, que sejam criados mecanismos para arrecadação das receitas para a implementação dos projetos de adaptação e mitigação dos efeitos das alterações climáticas.
Viriato Cassamá referiu que a afeção de recursos adequados para países vulneráveis tais como a Guiné-Bissau é uma prioridade e uma condição necessária e que permitirá uma maior resiliência e capacidade de adaptação.
Acrescenta que apesar de a Guiné-Bissau possuir muito sol, situação que lhe permite produzir energia verde, se
depara com dificuldades técnicas e tecnológicas para o efeito.
Viriato Cassamá lamentou a ausência na COP 29 de países com capacidades económicas para garantir o financiamento para adapção e resiliência às alterações climáticas, tais como a França e os Estados Unidos América