Cidade da Praia, 07 Set (Inforpress) – A Comissão Nacional de Coordenação de Busca e Salvamento (CNCSAR) considera premente Cabo Verde dispor de meios aéreos para reforçar a capacidade do país e elevar o nível do serviço de busca e salvamento.
Em declarações à imprensa, no quadro da primeira reunião ordinária deste ano, o presidente da comissão, o tenente-coronel Domingos Correia, que é também director Nacional da Defesa, disse que, neste momento, Cabo Verde dispõe de meios marítimos operacionais que têm dado respostas, mas sublinhou que o país precisa também de meios aéreo para apoiar e complementar o serviço.
“Nós temos uma vasta área de busca e salvamento e o meio que neste momento consideramos premente, como disse, seria o aéreo. Cabo Verde neste momento está a trabalhar nesse sentido para adquirir um meio aéreo com esta característica e valência e com esta configuração”, disse.
Contudo, salientou que para além de uma aeronave, cujo processo de aquisição está avançado, o país precisa também de helicópteros, considerados fundamentais, sobretudo no resgate de vidas humanas.
“Normalmente, as aeronaves são utilizadas para busca e salvamento, mas o resgate é possível apenas por navios ou helicópteros, e, tendo em consideração a vasta extensão que nós temos, aqui o helicóptero seria fundamental. Portanto, quando estamos a falar de meios aéreos estamos a falar de aeronaves, estamos a falar de avião e de helicópteros”, sustentou.
Domingos Correia, que está em final de mandato como o presidente da CNCSAR, faz um “balanço positivo” da missão, já que termina o mandato com dois navios de busca e salvamento (sar) operacionais, estando um colocado na ilha da Brava e outro em São Vicente
Conforme disse, Cabo Verde já há alguns anos, deu um “grande salto” quando decidiu juntar busca e salvamento marítimo com busca e salvamento aéreo, criando um sistema moderno e avançado, nesta matéria e que é recomendado, hoje em dia a nível internacional.
“Nós já fomos inclusive auditados pela ICAO [Organização Internacional da Aviação Civil] e fomos elogiados em termos de organização. Cabo Verde, neste momento dispõe de estrutura que funciona e apresenta resultados. Temos alguma dificuldade a nível de meios, mas neste momento, os meios já estão operacionais, estão a funcionar, precisamos de mais meios aéreos, por exemplo, para apoiar e complementar”, sustentou.
A Comissão Nacional de Coordenação de Busca e Salvamento é integrada por 16 instituições com responsabilidades em matéria de busca e salvamento e algumas prestadoras de serviço, nomeadamente a Polícia Nacional, as Forças Armadas, através da Guarda Costeira, o Instituto Marítimo Portuário, a Agência da Aviação Civil (AAC) e outras entidades.
Um dos objectivos primários da Comissão é reunir e facilitar a coordenação das actividades de todas as entidades participantes, quer no sector público ou privado, e servir como um fórum apropriado no qual os participantes devem recomendar políticas e procedimentos que devem ser incorporados no Plano Nacional de Busca e Salvamento.
Reúne duas vezes por ano, e nesta primeira reunião ordinária, para além do balanço das actividades, vai-se eleger os novos órgãos directivos, para os próximos três anos.