Bissau, 12 de Nov. 18 (ANG) – O porta-voz do Sindicato de Base da Rádio Difusão Nacional (RDN), acusou hoje a Directora-geral daquele órgão público de comunicação social de tentar obrigar certos funcionários a trabalhar fora do regime geral da função pública (das 08 as 16 horas).
A acusação foi feita hoje por Emerson Gomes Correia, através de uma conferência de imprensa.
Gomes Correia disse que a situação tem a ver com a tentativa de coacção e intimidação por parte da Direcção da Rádio à certos trabalhadores para trabalhar fora do regime geral que, segundo ele, foi proposto pelo próprio Governo.
« É contra-senso dizer que ninguém pode permanecer nas instalações da RDN depois das quatro da tarde e ao mesmo tempo tentar forçar certos funcionários a trabalhar para além da hora normal observada na função pública e tudo isso em conluio com certos colegas, o que lamentamos bastante », disse.
Gomes Correia disse que a segunda exigência do comité sindical dos trabalhadores da RDN tem a ver com a reposição dos subsídios (complemento salarial) cortados aos funcionários dos órgãos da comunicação social estatal bem como os descontos efectuados durante a greve passada.
« Só com estas condições é que os órgãos em causa vão voltar ao regime especial », disse acrescentando, » porque foi o governo que nos obrigou a tomar esta decisão ».
Aquele responsável sindical denunciou ainda o recrutamento de novos funcionários por parte da Directora Geral da RDN, sem respeitar as regras básicas de ingresso na função pública ou seja por concurso público.
Salientou que o sindicato sempre estará atento ao desenrolar da situação do recrutamento de pessoal, frisando que o sindicato de base não está a ser considerado um parceiro da direcção, acusando-a de estar a radicalizar a sua posição.
Gomes sustenta as suas afirmações com o prolongamento da emissão da RDN para além do horário laboral da Função Pública ou seja depois das quatro da tarde à revelia da decisão do comité sindical, contudo frisou que foram consultados pela direcção sobre a preocupação onde o sindicato informou que vão deixar de observar o regime geral só quando os valores em causa foram devolvidos.
O porta-voz do Espaço de Concertação dos Sindicatos dos Órgãos de Comunicação Público disse que receberam a informação sobre os módulos da reposição dos subsídios cortados desde o mês de Setembro, acrescentando que, o que se passa é que existe uma desproporcionalidade entre os valores, que cada funcionário deve auferir.
Falando da violação do acordado entre os sindicatos dos órgãos para observar o regime geral por parte da TGB Gomes lamentou o sucedido, e afirmou que em qualquer luta sindical é preciso coerência para permitir que os interessados falem só uma língua, mas quando os próprios elementos do fórum estão a defraudar as espectativas da reivindicação torna complicada.
« Por isso manifestamos a nossa estranheza em ralação aos colegas da TGB, apesar de serem livres e autónomos de convergir no fórum mais a maneira como procederam cabe aos dirigentes sindicais da Televisão pronunciarem sobre as razões de não cumprimento do acordo em causa », vincou Gomes.
Na circunstância da corte dos subsídios dos funcionários dos órgãos de comunicação social estatal, os sindicatos de base decidiram passar a trabalhar em regime geral observada na função Publica isto é das 8 de manhã as 16 da tarde, mas a TGB não está a observar o acordo.
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