Bissau, 11 Mai 21 (ANG) – O director-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou segunda-feira que a « disparidade chocante » no acesso às vacinas « continua a ser um dos maiores riscos » para o fim da pandemia da covid-19.
Tedros Adhanom Ghebreyesus falava na habitual videoconferência de imprensa sobre a evolução da pandemia da covid-19, transmitida da sede da organização, em Genebra, na Suíça.
O dirigente da OMS, que tem criticado frequentemente a falta de equidade na distribuição e administração de vacinas contra a covid-19, disse hoje que « a disparidade chocante no acesso às vacinas continua a ser um dos maiores riscos para o fim da pandemia ».
Segundo o médico etíope, é « a cooperação e a solidariedade » entre países, e não a « diplomacia da vacina », que « pode ajudar ao fim da pandemia ».
« A falta de cooperação é que está a atrasar o combate à pandemia », enfatizou, assinalando que não se pode vencer « um inimigo comum », o coronavírus SARS-CoV-2, que causa a doença covid-19, mediante « a competitividade ».
O diretor-geral da OMS voltou a lembrar que os países mais ricos receberam 83% do total de vacinas disponíveis e os mais pobres apenas os restantes 17%.
« Lidar com esta desigualdade é uma parte essencial da solução », sustentou Tedros Adhanom Ghebreyesus, apelando aos líderes mundiais para que « utilizem todas as ferramentas à disposição para reduzir a transmissão » do vírus e a disseminação de variantes, incluindo a aplicação consistente de medidas de saúde pública.