Cidade da Praia, 16 Dez (Inforpress) – A vice-presidente da Comissão Política Regional do PAICV de Santiago Sul declarou hoje que o seu partido apoia a operação Natal/Fim de Ano levada a cabo pelo Governo, mas criticou esta forma “pontual” do combate à criminalidade.
Ana Paula Moeda fez estas declarações, em conferência de imprensa na Cidade da Praia, para falar do aumento da criminalidade urbana e o clima de insegurança que se vive neste momento, principalmente na capital do País.
“Programas são bem-vindos, mas queremos que sejam programas duradouros e sólidos que não acontecem somente nas épocas festivas. O PAICV defende sim, maior segurança nas ruas para os cidadãos, maior alerta a nível do policiamento para que os cidadãos se sintam mais seguros, não defende atitudes coercivas”, sustentou, quando instada sobre a posição do partido sobre esta medida.
Neste sentido, o principal partido da oposição apelou, mais uma vez, ao Governo a adopção de medidas efectivas que garantam a paz e a segurança na Praia e em Cabo Verde durante o ano todo.
“Vivemos tempos de incertezas, o que exige firmeza e determinação por parte dos governantes deste país, pois a responsabilidade social deste Governo fica aquém do desejável. É preciso saber gerir nos momentos de crise e em momentos de normalidade. É isto que o povo espera dos governantes”, reforçou.
Ainda, para Ana Paula Moeda, é preciso trabalhar fundamentalmente na prevenção, no aumento da qualidade de vida das famílias, apoiar os jovens com empregos dignos, criar programas assertivos de auto-emprego para jovens e mulheres chefes de família, ressaltando que a chave do problema da criminalidade no país está na melhoria das condições de vida e medidas de prevenção e protecção às famílias.
“Onde estão as propaladas políticas sociais e o Estado social deste Governo? Por onde andam os programas de luta contra o álcool e as drogas, por onde anda o programa de reinserção social, por onde andam os programas Escola Segura, policiamento de proximidade, os equipamentos de videovigilância e o programa Cidade Segura”, questionou.
Isto porque, argumentou, o medo e a resignação imperam lado a lado com a indignação e a revolta, perante um Governo “que ainda não encontrou a fórmula que sustente com eficácia as suas políticas que falhem e se esbatem na dura realidade das famílias cabo-verdianas”.