Ribeira Grande, 19 Ago (Inforpress) – Rodrigo Fonseca, natural da zona piscatória de Sinagoga, na Ribeira Grande, Santo Antão, tem-se destacado como fotografo nos últimos tempos por sua habilidade em “transformar momentos em emoções e beleza”.
A sua trajectória na fotografia iniciou em 2018 quando pegou, pela primeira vez, uma câmara Nikon D5100 emprestada por sua prima.
Desde aquele momento, Rodrigo Fonseca começou a transformar imagens que capturava em “emoções e beleza” de uma forma “única”.
Segundo a mesma fonte, o que começou como uma curiosidade transformou-se numa “paixão profunda” e a sua jornada tem sido marcada pela habilidade em revelar a essência das pessoas e dos cenários que fotografa.
“Não tinha nada além de uma câmara Nikon D5100 que minha prima trouxe de Portugal e não usava. Comecei a fotografar meus amigos e algumas paisagens”, recordou.
Inicialmente, Rodrigo Fonseca disse que se dedicou à fotografia de paisagens, motivado pelo desejo de mostrar a beleza de Santo Antão.
“Sentir-se em conexão com a natureza é algo que não consigo explicar. Capturar imagens desse tipo era como uma poesia em forma de imagem que eternizava o momento”, revelou.
As suas caminhadas e explorações ao ar livre, segundo a mesma fonte, não apenas lhe forneceram belas imagens, mas também uma profunda apreciação pela beleza natural ao seu redor.
Segundo o fotografo o seu primeiro grande ponto de virada ocorreu quando as suas fotos ganharam visibilidade.
Em 2022, segundo Rodrigo Fonseca, as suas fotos da cachoeira de Ribeira de Silvão em Lombo Branco foram amplamente partilhadas e apreciadas nas redes sociais, incluindo figuras conhecidas como a artista Josslyn.
“Essas fotos tiveram uma interacção muito alta e isso foi um grande impulso para carreira”, afirmou.
Depois de algum tempo Rodrigo Fonseca disse que sua prima teve de vender a câmara e a sua trajectória na fotografia começou a ter alguns desafios, “trabalhar sem o equipamento ideal”.
No entanto, Rodrigo Fonseca relembrou que “outras portas se abriram” e teve a oportunidade de colaborar com o fotógrafo Sérgio Luz em vários eventos como casamentos e aniversários, o que, segundo o mesmo, foi “crucial” para seu desenvolvimento profissional.
“Trabalhar com o Sérgio foi uma grande oportunidade e sou muito grato por tudo o que ele me proporcionou”, disse, agradecido.
Com o tempo, Rodrigo Fonseca disse que adquiriu o seu primeiro equipamento, uma camara Canon M50, e enveredou para a fotografia de retratos, um estilo que, segundo o mesmo, lhe permitiu capturar a essência e a personalidade de indivíduos e grupos.
“Trabalho para capturar a essência de cada pessoa, seja por meio de expressões naturais ou poses que transmitissem a sua verdadeira identidade”, explicou.
Para Rodrigo Fonseca, cada retrato é uma colaboração e criar um ambiente onde cada pessoa se sinta confortável e autêntica.
“Desenvolver o meu estilo de retrato foi uma jornada de constante aprendizado e adaptação. Cada experiência me trouxe novas percepções e técnicas, moldando a maneira como vejo e capturo o mundo ao meu redor”, salientou.
E neste sentido, Rodrigo Fonseca afirmou que ser fotógrafo envolve mais do que apenas tirar fotos.
« É sobre capturar momentos e emoções que durarão para a vida inteira. Acredito que ser fotógrafo é uma jornada de constante aprendizado e adaptação », salientou.
Questionado sobre a importância do Dia Mundial da Fotografia, que se celebra hoje, Fonseca referiu que se trata de uma efeméride muito importante, para ele e para todos os fotógrafos, pois é uma oportunidade para reflectir sobre o trabalho realizado até ao momento, identificar falhas e buscar melhorias, já que procura sempre estar em evolução.
O Dia Mundial da Fotografia, comemorado anualmente a 19 de Agosto, é uma homenagem à invenção do daguerreótipo, nome dado ao aparelho antecessor às câmaras fotográficas, em referência ao seu criador, o francês Louis Daguerre (1787-1851).
Foi em 19 de Agosto de 1839 que a Academia Francesa de Ciências anunciava mundialmente a nova invenção.
A data pretende mostrar que a fotografia serve para eternizar momentos, para guardar recordações, para contar histórias em imagens, sem palavras, para mostrar um modo pessoal de ver o mundo ou simplesmente para dar prazer ao fotógrafo.