Bissau,15 Mar 23(ANG) – O Secretário-geral da Associação do Consumidor de Bens e Serviços(Acobes), disse que o aumento e a especulação dos preços dos produtos da 1ª necessidade, retira aos consumidores guineenses o poder de compra e agrava assim a sua vida com aumento de fome e pobreza.
Bambo Sanhá falava em conferência de imprensa alusiva ao Dia Mundial do Consumidor que se assinala hoje, 15 de Março, sob o lema” Capacitação do Consumidor através de Transição e Energias limpa”.
“A situação do mercado nacional vulnerável, e com a crise mundial tornou-se ainda mais fraca quanto ao fornecimento de bens alimentares, principalmente da 1ª necessidade em quantidade e qualidades, aumentando a fome e a miséria”, salientou.
Sanhá sublinhou, a título de exemplo, que as cobranças de quitação e cheques avulsos, que na sua opinião continuam a ser uma grande preocupação e constituem um obstáculo aos clientes ou seja aos usuários dos serviços financeiros.
O Secretário-geral da Acobes defende que os bancos devem competir na prestação de serviços de qualidade aos utentes e no melhoramento de atendimentos para reduzir o tempo de espera e reduzir os juros cobrados .
Destacou que a situação de fornecimento da energia elétrica e água continua a prejudicar os consumidores guineenses, sobretudo no que se refere a conservação dos seus produtos, avarias de materiais eletrodomésticos, sem direito a reparação de danos.
Aquele responsável evocou ainda as consequências da insuficiência de abastecimento de água em quantidade e qualidade satisfatórias e o risco de vida que consumidores enfrentam ao recorrem aos poços e lagoas sem garantia de qualidade de água.
No que concerne às telecomunicações, Bambo Sanhá disse que os consumidores guineenses continuam a queixar-se da má qualidade de prestação de serviços por parte das empresas responsáveis com destaque para a falta da cobertura nacional da rede.
A má qualidade de internet, o roubo abusivo de créditos e a ausência ou falta de informações claras aos consumidores, foram entre outras criticas do secretário-geral da Acobes em relação as telecomunicações.
Sobre o setor de combustíveis, aquele responsável apela ao Governo a finalização do processo da Autoridade Reguladora de Combustível e Derivados(Arseco), através de lançamento de concurso público para o pleno funcionamento desta instituição.
Sustenta que o bom funcionamento do Arseco, vai trazer ou regularizar a concorrência desleal, estabelecer uma igualdade de oportunidade para todos os operadores do setor, evitando assim a rotura desnecessária de combustíveis e gás natural de cozinha no mercado