Espargos, 12 Set (Inforpress) – O primeiro-ministro sublinhou hoje no Sal que a conferencia internacional sobre a Agenda Futura de Acção para o Engajamento Global da Diáspora é um espaço de partilha de experiências para criação de mecanismos de maior concertação.
“Nós somos muito mais do que as dez ilhas, muito mais do que 500 mil habitante que fazem parte da nossa nação, portanto esta conferência é essencialmente um espaço de partilha de experiências, boas práticas, criação de mecanismos de maior concertação, porque a diáspora existe um pouco por todo o mundo”, aclarou o chefe do Governo.
Ulisses Correia e Silva falava no acto da abertura da conferência internacional, que acontece num dos hotéis da cidade turística de Santa Maria, que durante dois dias irá discutir a problemática das migrações e da diáspora, pelo facto de Cabo Verde ser um país transnacional.
Segundo o primeiro-ministro, estão presentes na conferência representantes da Europa, da África, da Ásia, das Américas, organizações internacionais, como a Organização Internacional das Migrações, para discutirem e definirem uma agenda de futuro.
“Vai ser lançada a Aliança Global de Políticas da Diáspora, o que é importante, porque o engajamento da diáspora passa muito também para as políticas dos outros países”, explicou.
No caso de Cabo Verde, continuou o primeiro-ministro, além daquilo que a diáspora representa em termos económicos, o país está habituado às remessas de imigrantes, pelo que o Governo tem “apostado bastante” na atração de competências e capacidades.
Por sua vez, a directora-geral da Organização Internacional para as Migrações (OIM), Amy Pope, destacou que Cabo Verde pode “ensinar o resto do mundo algumas lições importantes” sobre como alcançar o engajamento da diáspora.
“Isto se baseia em uma conferência que tivemos na Irlanda, onde também temos uma diáspora muito ativa e poderosa, que tem realmente liderado o desenvolvimento, portanto o nosso objetivo aqui é tomar as melhores práticas de países como a Irlanda, de países como o Cabo Verde, para ver como alcançamos as pessoas ao redor do mundo”, sublinhou.
Para a mesma, o engajamento da diáspora acontece sozinho, sem intervenção e a tempo todo, mas o objetivo desta conferência é descobrir como levar esse engajamento e como usá-lo para dirigir a mudança.
“Vamos ir longe do teórico, para o prático e temos que deixar os próximos dois dias com ideias específicas, iniciativas e energia que resultarão em mudança real e significativa”, concluiu.
