Bissau 16 Mai 24 (ANG) – O ministro dos Negócios Estrangeiros, Cooperação Internacional e das Comunidades,disse, quarta-feira, que o acesso aos Serviços Consulares da Embaixada de Portugal em Bissau é uma “lástima”, acrescentando que começa a ser mesmo um “escândalo”.
Carlos Pinto Pereira que falava em entrevista à Rádio Difusão Portuguesa(RDP-África), disse ser muito importante para a Guiné-Bissau que seja resolvido o mais depressa possível o problema de acesso aos serviços desta missão diplomática no país.
“Toda a gente sabe que para se conseguir hoje um agendamento tem que se pagar, e que é inadmissivel”, salientou Carlos Pinto Pereira.
O Chefe da diplomacia guineense queixou-se das dificuldades que impedem a classe empresarial guineense de ter acesso ao visto, o que, segundo ele, contradiz o espirito dos compromissos assumidos a nível da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa(CPLP).
“E quando as pessoas que estiveram em Portugal mais de 10, 20 vezes, não têm acesso aos vistos, isto não é compreensível. Se queremos de facto promover a cooperação económica e empresarial, temos que facilitar a vida aos empresários e a mesma coisa passa a nível da cultura, do desporto e outros setores”,referiu.
Falando sobre a decisão do governo portugês que obriga agora os cidadãos lusófonos que solicitassem visto da CPLP a comprovarem os meios de subsistência até arranjarem emprego, Pinto Pereira saudou a medida, considerando-a de “bastante razoável” para quem pretende viver em Portugal com dignidade.
Segundo diz, Portugal não tem que assumir ou aceitar pessoas que depois andam a mendigar na rua e, eventualmente, estejam sujeitas a redes de tráfico ou outras situações de vulnerabilidade