Cidade da Praia, 16 Jul (Inforpress) – O Director Executivo da Associação Cabo-verdiana de Brockton, Moisés Rodrigues, defendeu quinta-feira, na Cidade da Praia, que os cabo-verdianos no País devem saber rentabilizar as remessas dos emigrantes no sentido de serem menos dependentes das mesmas.
Moisés Rodrigues que se encontra em Cabo Verde como líder associativo junto da comunidade emigrada nos Estados Unidos da América (EUA) para assistir à ordenação de um diácono oriundo dessa comunidade, fez estas declarações à imprensa no final de um encontro com o ministro das Comunidades, Jorge Santos.
Este emigrante cabo-verdiano, que já foi Mayor de Brockton, chamou ainda atenção para o esforço e sacrifício que muitos emigrantes fazem para obterem o salário, se alimentarem e terem ainda algum dinheiro para remeter a familiares.
“Não se pode apenas dar a vara para ir pescar, sem ter algo para comer hoje, porque ele poderá ir à pesca e depois sentir fome depois. Achamos que as nossas remessas podem ser de dois lados. Tem que ser a remessa para ajudar os pobres a viverem, mas também para ajudar as pessoas serem mais independentes das ajudas”, afirmou.
Este responsável associativo frisou também que já se tem discutido formas para criação de negócios em Cabo Verde, como métodos e formas de manter as pessoas bem.
“A nossa população lá nos Estados Unidos tem momentos em que passam por dificuldades. Há pessoas, por exemplo, que podem estar a não levar panela ao lume duas vezes por dias, fazendo isso apenas uma vez. Não por querer, mas por causa de necessidades. E então quando tiram a sua ajudinha para mandarem para Cabo Verde deve ser empregado de forma como deve ser”, defendeu.
Moisés Rodrigues manifestou ainda a disponibilidade de as associações de cabo-verdianos nos Estados Unidos, não em Brockton, de trabalhar junto ao Governo em vários domínios, sem pedir nada em troca.