Bissau, 24 dez 19 (ANG) – O candidato suportado pelo Partido Africano da Independência de Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira prometeu trabalhar, de mãos dadas com o governo, caso venha a ser eleito Presidente República de modo garantir o “beneficio comum”.
Simões Pereira fez a referida promessa na segunda-feira no comício popular que fez na cidade de Gabú, zona leste da Guiné-Bissau no quadro da segunda volta de campanha eleitoral para as presidenciais de 29 do corrente mês.
O candidato disse que para o sucesso de qualquer que seja nação, deve existir a colaboração entre os governantes e um espírito de diálogo construtivo, de forma a evitar constantes situações de conflitos que acabam por prejudicar o próprio povo.
“Não pretendo priorizar constantes derrubes dos governos, porque isso, com certeza, não vai ser uma solução, mas sim apenas mais problemas. Tudo farei para melhorar a vida dos guineenses e para mostrar ao mundo de que somos capazes, tal como o povo de qualquer país Também pretendo ser um Presidente de que os guineenses vão se orgulhar”, prometeu aquele candidato.
Por outro lado, Domingos Simões Pereira manifestou a sua satisfação pela forma como foi recebida em Gabú, tendo dito que a melhor resposta que poderia ter é da manifestação da população de Gabú.
“Tinha a esperança de que pelo menos ia conseguir algo na região de Gabú, mas hoje passarei a ter certeza de que realmente vou ter sucesso nessa zona, porque o comportamento da população não deixou nenhuma dúvida face à isso, muito embora existem pessoas que pensam que podem tirar proveito étnico e religioso. A resposta de Gabú é diferente”,referiu Domingos Simões Pereira.
Agradeceu a população da referida região pela forma como foi recebido e sublinhou que a reacção dos cidadãos de Gabú demonstra a coesão do Povo guineense, e disse estar convicto que a mesma região está pronta para estabelecer o compromisso com a sua candidatura no dia 29 do mês em curso.
“Queremos estabelecer um compromisso no dia 29, que a partir da próxima legislatura possamos ver aquele sol à arder para todo o filho da Guiné-Bissau. O que não posso fazer para minha mãe como sendo a mulher que me deu a vida pretendo o fazer para as mulheres da Guiné-Bissau. Não vou dirigir o país pensando no meu beneficio particular, mas sim no bem do Povo em geral”, garantiu Simões Pereira.
Acrescentou que a atitude dos populares da região de Gabú só mostra que não pode existir outro tipo de solução ou resultado a não ser a confirmação da sua vitória no dia 29 de dezembro.
Questionado por um elemento de Juventude Africana de Amílcar Cabral (JAAC) sobre a sua proposta para a região de Gabú, uma vez que existem especulações de que essa zona não consta no projecto de governação “Terra Ranca”, respondeu que, infelizmente não vale a pena responder a referida questão, tendo justificado que já escreverem, mas que as pessoas lêem e não são capazes de compreender e se passam o tempo a explicar continuarão a não perceber do mesmo jeito.
“A nossa prioridade do projecto “Terra Ranca” é de começar o nosso processo com três cidades ou seja escolhemos uma cidade para cada província (cidades de Cachéu, Bolama e Bafatá) de modo a criar um pólo urbano que irá dignificar cidadão guineense e de lhe dar outra qualidade de vida. Isso não significa que a cidade de Gabú ficou de fora, até porque no nosso plano para a exploração de bauxite vai começar na cidade de Gabú. Por isso, é fundamental compreender algo antes de especular”, disse Simões Pereira.